27 novembro, 2006

... da EN 103


Algures entre Braga e Montalegre... não interessa o lugar exacto, apenas a vontade de por lá passar!
Da EN 103 também retiramos algumas ideias, imagens que justificam o seu percurso. Com cuidado e tempo, que a pressa e o tempo perdido só acontece quando a «coisa» não vale mesmo a pena!


EN 103

Um pouco mais de chuva e o cenário dói de monotonia. Todos estão habituados a isso, é bem verdade, mas não deixa de ser um elemento mais a somar à sua perigosidade...

Coisas de Montalegre...



Devem ter já reparado, se devem... mas ao logo da EN103 têm aparecido estas construções. Não discuto a sua importância nem as condições técnicas que impuseram a sua construção. Mas que são muitos são... e alguns, como este, tão à beira de muita coisa. Da estrada, por exemplo, de uma estrada que já não é muito avantajada... e claro está do pequeno templo a merecer também ele outra atenção.

25 novembro, 2006

Novo inquérito.

A BATATA.

Não vale a pena fazer o seu historial...

Não pretendemos com este quilo que nunca pretendemos com nenhum: avaliar ou estabelecer uma censura, provocar uma discussão em torno daquilo que não interessa porque nada mais produz que ruído em torno, por vezes, de questões com alguma importância. Pode não ser este um caso de importância, e a temática que agora se aborda pode estar há muito aqueitada e em silêncioa por não valer a pena falar dela. Não nos interessa isso agora, embora a sua discussão deva operar-se a um outro nível, que não aqui.
Por agora gostaríamos de saber apenas a OPINIÃO de quem queira gastar mais uns segundos e escolher a opção que mais se aproxima da sua opinião. Se for outra a opção que aqui não podemos contemplar, pode partilhá-la com todos nós enviando-a por mail que aqui publicarei logo que a receba. Como compreendem, os comentários anónimos aqui estão fechados e as opiniões que interessam são essas mesmo ... com interesse! Temos a pretensão, exagerada certamente, de falar para um público razoável, a quem esta temática, que não é prioritária certamente, pode de algum modo vir em reforço de outras teses e construir, pela sua simples consideração ou enunciação de uma opinião, uma «opinião pública» que não se instrua ou construa na base dos preconceitos ou dos lugares-comuns.

Sobre o inquérito que agora finda, não temos nada a referir para lá do comentário que entretanto fizemos. Ler aqui.
Agradecemos a quem nele colaborou.
Obrigado.


24 novembro, 2006

A António Gedeão.

No centenário do seu nascimento...

Escopro de vidro.


Estou aqui construindo o novo dia
com uma expressão tão branda e descuidada
que dir-se ia
não estou fazendo nada.
E, contudo, estou aqui construindo um novo dia.

Porque o dia constrói-se; não se espera.
Não é sol que deflagre num improviso de luz.
É um orfeão de vozes surdas, um arfar de troncos nus,
o erguer, a uma só voz, dos remos da galera.

Cantando entre dentes
um refrão anidro
abro linhas quentes
com um escopro de vidro.
Abro linhas quentes
sem tremer a mão,
com um escopro de vidro
de alta precisão.


... NO DIA NACIONAL DA CULTURA CIENTÍFICA.



De todas as épocas...

ASIAN PEAR




... e a cor!



MADONNA DELLA PERA


O nosso mundo é plural, e se se desenha entre o pessimismo mais sensato e a jovialidade mais espontânea, é no equilibro das formas, nos cambiantes da cor que os olhos descansam dos dias e das noites, da sua sequência cega e maquinal, para que o pensamento os desmorone, mais os seus equilíbrios, e os reconstrua mais acima num patamar de liberdade. O que interessa, é que há sempre alguém que nos espera e deseja apenas um gesto de mais luz num espaço físico onde os pés advinham o rugor do solo, o rosto aspira o calor do sol ou a lua constrói o dia em plena noite. E o frio, o do vento dobrando os caminhos ou o das águas tombando os calhaus no seu leito, compõem o outro limite do nosso espaço.
Tudo resto são mentiras, dobras do tempo escondendo a poeira de que somos feitos. Poeira de estrelas, uns; outros, poeira de puro nada!


22 novembro, 2006

Anonimato.

Pequenas reflexões em torno das publicações anónimas. Aqui ------>>

Água.

Os dados não são novos, foram publicados em Março ou Abril do presente ano e reportam-se a 2004. Não são para comparar, nem são dados típicos, pelo menos nada o indica, do comportamento dos portugueses. Mas servem para relevar um aspecto fundamental: em Lisboa, em 2004 como disse, entraram 94 milhões de metros cúbicos de água potável para distribuição. Foram efectivamente consumidos 74,5 milhões e perderam-se 19,5 milhões de metros cúbicos de água.
Essa água que se perde, outra que se "rouba", é água que se paga, que alguém tem que pagar!

Não se trata de um alerta apenas para o desperdício de um recurso, mas para o facto de este desperdício, de água e de dinheiro, se ter que reflectir inexoravelmente nos consumidores. De dois modos: ou agravando-lhes injustamente as tarifas ou obrigando ao desvio de recursos para a compensação do custo do fornecimento desse bem de necessidade absoluta. À custa de outras iniciativas também elas necessárias!
E assim é em Lisboa, como em qualquer lado ... onde haja, naturalmente, sistemas públicos de distribuição de água ao domicílio.

21 novembro, 2006



Mário Augusto Sottomayor Leal Cardia
(nascido em Matosinhos a 19 de Maio de 1941, faleceu a 17 de Novembro de 2006, em Lisboa)

Mário Augusto Sottomayor Cardia nasceu em Matosinhos a 19 de Maio de 1941 e formou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras em 1968.

Destacou-se pelo seu envolvimento no movimento associativo estudantil e foi preso várias vezes, tendo sido violentamente torturado pela PIDE.

Na sua juventude, aderiu ao PCP, partido que abandona em 1971. Em 1973, tornou-se militante do PS desde a sua fundação e colaborou activamente na redacção do programa do partido.

Integrou os I e II Governos Constitucionais como ministro da Educação e Investigação Científica e ministro da Educação e Cultura, respectivamente.

Desempenhou funções de deputado entre 1983 e 1991, ano em que recebeu das mãos do Presidente da República Mário Soares a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade .

Em 1994, chega a anunciar a candidatura a Presidente da República, mas nunca concretiza. As últimas funções que exerceu foram as de professor de Filosofia Política da Universidade Nova de Lisboa.

(Portugal Diário)

Opinião de Medeiros Ferreira in DN.

FEIRA DO FUMEIRO – 3


Tudo quanto temos falado sobre a «Feira do Fumeiro pode resumir-se à tentativa de afirmar vencida uma etapa que fecha com a construção de um espaço que dignifica esse evento.

Neste momento, e sobre essa nova realidade, há que olhar a Feira do Fumeiro não como uma realização gastronómica, mas como uma actividade genuinamente económica à qual falta, na minha humilde opinião, a sua vertente empresarial.
Não defendemos a empresarialização pura e dura da produção do fumeiro, a sua componente artesanal e familiar é socialmente relevante para ser esquecida ou desprezada, mas custa-nos também ver que essa riqueza se reduza apenas a esta dimensão familiar e artesanal.
Não cremos que este tema deva ser tabú e acreditamos ser problemático e nada consensual, mas a verdade é que reconhecendo as potencialidades desta área, reconhecemos também que dificilmente frutificará uma actividade que se orienta apenas tendo em vista esse objectivo sazonal que é a 'feira do fumeiro'.

Sobre a qualidade do fumeiro é assunto em que não tocamos e, se já eventualmente falamos cada vez mais nos convencemos que o não devemos fazer. Não porque seja tabú ou reprovemos em absoluto nos outros o facto de sobre esse tema opinarem quando lhes apeteça, mas porque não percebemos do assunto e a nossa avaliação nada vale para lá daquilo que é o nosso pessoalíssimo critério de gosto. Gostamos ou não gostamos quando o provamos e por aí ficamos. Além disso, nesta aspecto somos profundamente liberal: deixamos o mercado fazer a avaliação, a qual se traduz pela adesão do comprador ao produto e se reflecte na procura que se constata. Há muita procura porque o produto é bom e/ou é escasso; há muita oferta porque o produto é mau e/ou caro. E por aqui ficamos.
Revelar problemas sem mais nada, discorrer sobre a qualidade sem a referência a um critério, objectivo ou enquadramento, é alimentar gratuitamente suspeições, e transmitir ou deixar que transmitam ingenuamente os factores de dissuasão da valorização do produto. É, fundamentalmente, juntar aos produtos e produtores esforçados qualidades subjectivas ou defeitos que podem lançar neles a desmotivação ou diminuir o seu esforço na qualidade.
Agora, que há críticas bem intencionadas que têm efeitos nefastos em todos e nem sempre nos culpados, há, e não vale a pena diluir as responsabilidades nessas consequências com o legítimo direito à crítica.

Interessaria saber, avaliar até que ponto é possível, necessário ou desejável subir a um patamar de produção -- exigente e de risco – capaz de ancorar no território uma actividade económica consistente em torno do «Fumeiro». Não será «A Âncora» mas uma das muitas âncoras que as potencialidades da região permitem.



20 novembro, 2006

CAMPEÕES DA DESIGUALDADE!

Verificamos por sugestão de um blog este endereço e verificamos, pelo que lá se diz, que os portugueses são os campeões da desigualdade.
E nada mais digo!


«Não antecipes a tristeza
e morrer: não queiras muito
às lágrimas: consola-te
bebendo-as. E sê grato ao dia
em que, vivo, as tragaste.»


Antínio Osório

19 novembro, 2006

Cerimónias fúnebres

Naturalmente que aquilo que penso sobre as cerimónias fúnebres não cabem aqui e me penitencio por tudo quanto aqui disse e que não cabe nos objectivos deste espaço. Incorporamos com humildade a história dos erros cometido nos actos que achemos por bem praticar e esse erro cuidarei de o não repetir aqui.
Não significa, porém, que me furte à opinião...




17 novembro, 2006

Chão de Inverno. 3


Chão de Inverno. 2


Chão de Inverno.


Espólio para o Ecomuseu.

« O material entregue está registado nos seguintes suportes: 6 DVD´s com fotografias escolhidas e brutas; 12 DVD´s, com 18 documentários de vídeo editado; 1 DVD com gravações de som e 134 cassetes de vídeo digital com registos não editados. Além disso, existem ainda 5.639 fotos; 18 documentários de vídeo; 189 minutos de áudio digital e mais 503 minutos de entrevistas e cantares em registo áudio/vídeo digital, bem como 5.169 minutos de recolha de vídeo bruto.»

In Semanário Transmontano.

Não é tudo, pode ser muito, pode não ser nada.
Depende sempre, não dos olhos de quem vê, mas do interresse que pode despertar em alguém ao dar-lhe o destino com que foi pensado. Não pode ser somente material para folhear, qual 'album de fotografias', mas matéria prima para a promoção consistente da imagem da terra e das suas gentes. Está nas mãos do Ecomuseu, é a ele que compete rentabilizar esse projecto, multiplicá-lo, se possível, por quantos tenham uma ideia de Montalegre,mas que nada possuiam de concreto para prolongar essa imagem, dar-lhe o vigor intelectual que toda a ideia precisa para se fazer forte e credível.

15 novembro, 2006

Feira do Fumeiro 2007 (2)

Numa anterior abordagem à Edição de 2007 da Feira do Fumeiro, deixamos uma questão relacionada com o evento e que tinha a ver com os seus reflexos no tecido empresarial. Ficou claro que não somos puristas nem fazemos depender a qualidade do produto da sua estrita dependência de processos artesanais de produção. Não é que duvidemos da sua qualidade! Não, longe disso. Aliás estamos habituados que em todas as edições apareçam umas certas luminárias a apregoar defeitos e a levantar o problema da qualidade, o problema das inspecções etc., etc. Se a memória não falha, o pontapé de saída foi dado aqui há anos por uma certa força política que vexou toda a gente com as suas suspeições. Muito, entretanto, se fez e superaram-se alguns defeitos que com razão foram levantados, mas, pelo que vemos, o bichinho continua activo! A propósito disto tudo, convém informar – e corrijam se estivermos errados – que o licenciamento de unidades artesanais confere o direito à produção e comercialização de fumeiro, num raio limitado, é verdade, mas suporta esse processo. Nisto, o site da Câmara também falha, e podia disponibilizar essa informação, mediante referência directa para os diplomas respectivos. O saber não ocupa lugar e pode dar muito jeito em certas ocasiões!

Mas a questão que colocávamos refere-se precisamente a essa limitação inerente ao produto e à produção, e à impossibilidade de crescimento e ocupação de nichos de mercado específicos que o fumeiro de Montalegre tem e os que pode conquistar. A fábrica existente é, pelo que temos visto e ouvido, um exemplo que, particularmente, lamentamos não ser seguido por mais empresários.

Acreditamos que esta discussão, tida de forma desapaixonada, pode levar a uma compreensão do processo de produção de fumeiro e a sua integração no todo da economia de Montalegre. E iguais medidas ou considerações se pode fazer relativamente a alguns produtos que mais cuidado mereceriam na sua abordagem promocional. Se recordarmos aquilo que temos vindo a dizer ao longo dos tempos e em particular o referente à «Quinta da Veiga», (e, naturalmente, o que dizemos tem o valor de uma opinião, discutível por definição), a Câmara Municipal deve reformular de facto o modo de aplicação dos incentivos às actividades económicas e favorecer aquelas iniciativas que pela sua abrangência e inovação sejam capazes de gerar mais valias de fluxo duradouro nas famílias de Montalegre. Mas, em boa verdade, essas iniciativas devem partir da comunidade empresarial e na medida em que construa, engendre soluções sustentáveis capazes de injectar inovação na valorização de produtos e gerar mais valias, emprego ... vitalidade económica. Não lhe cabe o papel de «empresário», mas o de apoiar, de alimentar essas incubadoras de ideias e de empresas.

Só por descuido sério se pode imaginar uma revolução completa no panorama económico da região, mas é, a nosso ver, possível com pequenas revoluções retirar mais valor e proveitos de tudo quanto se faz e produz em Montalegre.

Assim os próprios o desejem e outros não o impeçam pelo que dizem e pela má imagem que constroem em competição com a boa imagem que se demorou a construir, fundando as observações críticas no sistemático recurso à legítima opinião, claro, fundada, por sua vez, na também legítima opinião de um outro que também tem, legitimamente a opinião que, entretanto um outro….

A Câmara, como o dissemos, ainda tem folga para apoiar essas iniciativas e reorientar o enorme esforço financeiro que tem feito no sentido de acamar iniciativas com algum cariz «revolucionário» ou de «risco» e, porque não, diligenciar no sentido de que outras possam germinar.

O remédio, achamos nós, não pode continuar a ser a pura e simples «subsidiação».

14 novembro, 2006

... e arredores (1)

Pequeno texto com um rigor e uma perspectiva crítica que alguns grandes textos não conquistam.


«E as ideias,meus senhores?


Um mérito deve ser creditado a Rui Rio, o da persistência com que se tem dedicado, contra tudo e contra todos (principalmente contra todos) à missão de que o Destino o incumbiu fazer do Porto uma cidade onde, como nos cemitérios, reine um silêncio absoluto, propício à reflexão e à congeminação artística. É assim que Rui Rio tem vindo a tirar do caminho dos criadores do Porto tudo o que, particularmente a vozearia crítica, possa distraí-los da ruminação intelectual. Mesmo a sua decisão de cortar os subsídios às actividades culturais tem sido mal compreendida. Trata-se de uma medida tendente e estimular a imaginação e a criatividade dos portuenses, sabido como é que a necessidade aguça o engenho e que a barriga cheia, ou até só remediadamente composta, tende a afundar os artistas numa modorra digestiva incompatível com as turbulências do génio criador. É neste quadro de promoção do silêncio criador que deve ser entendida a cláusula que proíbe os trabalhadores da "Porto Lazer" de revelarem factos da empresa de que tenham conhecimento (só poderão revelar aqueles de que não tenham conhecimento). Se os trabalhadores andarem com a cabeça ocupada com factos, ainda por cima factos de que tenham conhecimento, com que lugar ficarão para as ideias?»

In Jornal de Notícias.
Caro Vitor:

Obrigado pela opinião, mas não sou merecedor de qualquer reconhecimento pelas mesmas razões que não o merece quem faz aquilo que tem que fazer. O site da Câmara é um projecto que me agrada de sobremaneira e, por isso sou levado, quiçá sem objectividade, do qual peço desculpa, a hipervalorizar as suas melhorias. E digo que me agrada por uma razão simples: foi um site feito na Câmara Municipal de Montalegre, com gente e recursos do Município. Por isso, já que falava da inovação RSS não pude deixar de lembrar esse facto.

Nada digo de outros funcionários que, bem sabes, os há bons e maus, os que merecem cada cêntimo que ganham e outros que nem tanto. Apenas referi um processo no qual me parece que se nota empenho e competência, e se isso não se pode afirmar de todos, não leves a mal que o afirme de alguém em particular. E já agora que falamos do site todo, devo abarcar todo o Gabinete de Informática. Lá virá a ocasião, porque de muitos tenho bem a dizer! Não comungo desse catasfrofismo e primarismo que suporta muitas análises feitas aos funcionários públicos. É preciso ser justo e ter espírito critico bastante para não embarcar em julgamentos populares.

Quanto à tua última questão, talvez não estejas a par daquilo que me vai na alma e perdoa que eu me recuse aqui a contar. Mas acho que o Blog a qual pertences e nele escreves ultrapassou aquilo que são, a meu ver, as regras elementares de decência. Não penses que tomo a parte pelo todo, não devo pensar de quem não escreve aquilo que penso de quem escreve, e não o penso de ti certamente, mas compreenderás que um Blog que não cuida da sua imagem, que não faz do rigor do que lá se diz o seu critério de publicação, desculpa que o repita, não é um «lugar bem frequentado». Nos últimos tempos converteu-se num alfobre de maldicência e insulto grosseiro. Pior, faz do insulto anónimo, das insinuações vesgas a sua parte essencial. E os blogs mal frequentados, bem os conheces, já 'implodiram'.
Aqui há uns anos, aquilo que agora impunemente autoriza que se publique, aí sim, chocou-me bastante. Tudo isso me «violentou» imenso e não só a mim, pessoas absolutamente inocentes sofreram com isso! Nessa altura, não vim para o público tecer considerações. Nos locais próprios, com rigor, paciência e firmeza agi, questionei, pedi esclarecimentos e reponsabilidades e tudo se esclareceu. Agora, tudo isso é jogo baixo, ressaibiamente revelador de uma certa 'falência' e tens que compreender que não me sinta à vontade para recomendar a visita do teu blog a um eventual visitante.
Sabes bem do respeito e consideração que tenho por ti e em nada deves considerar beliscado esse sentimento, mas retirar o meu link para o TdB apenas teve o sentido de manifestação de recusa em co-habitar com tal falta de cuidado.
É que ainda podes argumentar com uma certa independência dos 'contributors' relativamente aos comentadores anónimos.... Faz uma experiência: Abre o post «maior abertura» e verifica os comentários: 5º de um 'contributor', -- a coisa não estava a cair para o lado que interessava e vá de afinar a 'agulha' ; 11º de um 'contributor' e 12º de um 'contributor'. Esta mescla, mistura, mixórdia pode significar muita coisa, mas não significa de modo nenhum independência, equidistância, mais parecendo uma acção desejada e concertada (ainda que o não afirme categoricamente, mas que parece ... parece), um «modus operandi» essencial... Tudo alinhado, é a minha opinião.
Não tenho problema nenhum e recolocar o link quando nele vislumbrar preocupação com o rigor, cuidado com as participações, assunção clara de um objectivo 'construtivo', então daremos mais um passo na instituição dessa socialidade essencial e terás em mim mais um leitor e recolocarei com gosto o link.

Repararás numa coisa: a tua opinião foi colocada por mim, é o meu nome que se responsabiliza pela tua opinião e que me enviaste por mail. Tenho prazer em receber a tua opinião e a de qualquer outro, e a responsabilizar-me por elas desde que sejam sérias e respeitáveis.




Se por qualquer razão quiser partilhar a sua opinião, clIque no LINK ao lado [CONTACTO POR VIA ELECTRÓNICA] e se a opinião for publicável coloca-la-emos de imediato (isto é, logo que consultemos a caixa de correio).





Correio dos leitores.


"Caro Nuno:

Reconheço-lhe a cota parte de responsabilização no actual site do Município de Montalegre, para o bem e para o mal. Louva-se-lhe o esforço e o remar contra a maré que sabemos não ser "pêra doce"!

Louva-se-lhe as várias intervenções que teve na Assembleia Municipal no sentido de se autorizar a disponibilização online das actas da Câmara e da Assembleia Municipal. A democracia participativa, como sabemos, também passa por aí!

Mas, por outro lado, o site do Município de Montalegre, está neste momento em fase de remodelação porque foi recentemente publicado um estudo do ISEG, ao qual eu fiz referência em: http://terrasdebarroso.blogspot.com/2006/10/iseg-estuda-pg-net-dos-308-municpios.html, no qual, o "site" obteve uma classificação mediana, tendo por base vários critérios.

Conhecidos os resultados da análise, optou-se por melhorar o "site", o que me parece, francamente, positivo.

Quanto ao reconhecimento de quem faz as alterações ao site, penso que é um bom profissional, mas, por outro lado, tal como todos os outros "bons" profissionais, são pagos para executarem o seu trabalho. Ou não? E, também, julgo que foi nessa base que foram recrutados: porque se lhes reconhecem competências! Ou não?

P.S. Porque retirou a ligação do seu blog para o terrasdebarroso.blogspot.com? As pessoas que lá escrevem não lhe merecem respeito? Ou toma a parte pelo todo?"

Com os melhores cumprimentos.


13 novembro, 2006


Cemitério em Barroso. Não podemos deixar de repara no contraste, nas flores que se fazem de propósito luto para honrar o lugar. E o mármore tão frio e ao mesmo tempo tão impessoal. Sentimentos confusos, contrastantes num mesmo lugar onde reina apenas o silêncio da alma e levantam-se baixinho ladainhas intermináveis, choradas preces. São elas a essência desse lugar ao qual os barrosões emprestam inquestionável estima, absoluta dignidade.

Cenas 'demasiado' típicas de Barroso!

RSS Municipal

Já disponível no sítio da Câmara Municipal de Montalegre o «RSS Municipal». A página explica muito bem como funciona e como instalar
Mais uma ponte, mais um degrau na necessária relação actualizada que o cidadão deve ter com o que acontece no município e mais um passo no incremento de uma relação de qualidade. Quanto maior informação houver de parte a parte, maior capacidade existe de indução de padrões de qualidade mais elevados nos serviços a prestar ao munícipe e maior capacidade existe de compreensão das suas apostas e exigências.
Pena é que o site não evolua para uma outra dimensão, capaz de o projectar para o exterior, mediante a publicação de uma versão em Inglês. Parece coisa de pouca monta, mas não é. A net é cada vez mais um meio fundamental de informação e de conhecimento. Desprezar essa vertente é desprezar um pouco a capacidade de atracção e de sedução para quem aspira a fruir daquilo que o Município tem para dar.
E quem não é visto não é lembrado, não é?
Não esquecer quem pacientemente 'instila' estas inovações no site a partir da própria Câmara Municipal! Merece reconhecimento, se merece!

Nota: qualquer opinião, ou achega crítica pode (e deve) ser enviada por mail. Basta clicar e, [CONTACTO POR VIA ELECTRÓNICA]. Se não for ofensiva, naturalmente que a publicaremos de imediato!

O moço de recados.

Não me espanta o conteúdo de certas abordagens. Para mim, infelizmente, encaro-as já com uma certa 'naturalidade'. Naturalmente ...»»

12 novembro, 2006

Entrevista do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Montalegre

Seguir este link --->>>
Ou este. --->>>.
Não conhecemos o Jornal nem a data exacta desta entrevista.O link chegou-nos via «alertas» do motor de busca.

10 novembro, 2006

Medeiros Ferreira questiona...

... e nós, que de finanças é mais o desejo de perceber disso que outra coisa, também gostaríamos de saber:

«Uma coisa é o perdão da dívida de quase dois mil milhões de dólares e os exercícios contabilísticos para Eurostat ver, o que por si só atesta a qualidade técnica do Pacto de Estabilidade, outra é saber efectivamente a percentagem da dívida pública e do seu serviço exteriores ao funcionamento do Estado português. Para que se perceba o destino dos sacrifícios. A Direcção- -Geral do Tesouro não quererá apresentar umas contas?»

Ler todo o artigo «Pagar sem saber» em Diário de Notícias.




Inquérito -- 103

Está na hora de dizer algo sobre o inquérito que corre sobre a EN 103. Perecebemos que a forma como as opções foram colocadas pode não permitir uma real expressão de quem quis partilhar a sua opinião. Agradecemos sinceramente terem deixado o seu ponto de vista ainda que desta forma tão redutora. Por outro lado, não é fácil ter opiniões que se possam elucidar e expressar argumentativamente. Temos perante a EN 103 a avaliação das nossasa circunstância e custa-nos, por vezes, destruir as nossas opiniões para as enquadrarmos numa perspectiva mais abrangente e multipolar. No limite, a isso chama-se capacidade crítica, essa possibilidade que todos temos de por momentos pensarmos para lá da paróquia das nossas ideias e preconceitos e equipararmo-nos a qualquer um para fazer vencer o todo e realçar o poder explicativo e mobilizador das nossas opiniões ou ideias nessa totalidade.
De entre os elementos disponíveis, podemos chamar a atenção para alguns aspectos que imediatamento submetemos à vossa apreciação.

1º -- O número de pessoas que julgaram determinante a ligação à Galiza. Parece-nos um indicador interessante, revelador de uma tendência que inclina e integra cada vez mais as àreas fronteiriças em «Territórios transfronteiriços». Não está em causa Galiza ou Montalegre, Espanha ou Portugal, mas a possibilidade que um território 'novo' tem de potenciar as suas relações e daí trazer para si e para os outros mais valias determinantes para a sua qualidade de vida. Faz sentido, por isso, colocar em cima da mesa a EN 103-9, fazer com que ela saia das intenções e dê passos seguros para a sua concretização de modo a facilitar o acesso do território central do município a essa zona que cada vez mais vive integrada numa comunidade.
2º - De relevo, também, foi o número daqueles que apontaram como interessante a ligação ao Minho (e daí ao Douro) por Salto e Cabeceiras de Basto. Se o percurso longitudinal tem perdido interessa Nacional, a EN 103, então há que potenciar as ligações transversais que facilitem o acesso a zonas tradicionalmemte 'desinteressadas' nessa ligação. De Fafe, Guimarães, Felgueiras ... podem resultar intercâmbios vantajosos, associados, naturalmente à eficácia da solução 103-9.
3º -- Quanto à ligação a Braga não os surpreendeu o número de opiniões. A luta continua e, sobre isso, temos dito. Nem os número das aopostas na ligação ao IP 3 e a Chaves.
4º -- Nem a ligação a Boticas. Muitas vezes nos foi lançado à cara o exemplo de Boticas. Tentamos saber da parte daqueles que nos visitam o interesse, a relevância que esta ligação com Boticas representa... Até agora ninguém a considera essencial ou carecendo de mais atenção do que aquela que tem havido até ao momento.
5º Já a ligação ao Minho pelo PNPG nos surpreendeu de algum modo. Naturalmente que ela não é vital para o todo do município, mas parece-nos muito importante, senão mesmo vital, para um aparte signficativa: aquela que está integrada no PNPG. Se atentarmos no número de turistas que acorrem à zona do Rio Caldo podemos antever a possibilidade de desvio de parte significativa desse fluxo, a partir do Rio Caldo para a zona que vai de Cabril até Paradela... Bem sabemos que essa matéria é melindrosa, outros interrsses e valores -- ambientais, principalmente -- se colocam, mas a verdade é que nada nos impede de pensar em desencravar uma região pela oferta competitiva com uma outra através de uma ligação de alguma qualidade.
6º Já a ligação a Chaves ou ao IP 3 pode ser feito pela rectificação da EN 103 a partir do Barracão. Há mais de 9 anos chegamos a ver o projecto...

Achamos por bem deixar esta opinião, esta leitura esclarecedora daquilo que vamos pensando e do modo como vamos interpretando as participações que nos vão deixando. Não queremos palpites! Podem considerar-nos selectivos, mas não nos interessa a opinião pela opinião. Mesmo assim, a partir desta interpretação queremos apenas lançar algumas pistas para que o lugar comum, a ideia preconcebida não vença pela ausncia de crítica ante a pluralidae de opções ou de alternativas. Quando elas acontecem, a crítica é essencial e issso, caros amigos, todos vocês a tem de sobra.
Criem um blog temático, por exemplo, não custa nada e ajuda a triar muitas ideias e a avaliar muitas soluções. Desde que não o degradem, naturalmente... A tentação do populismo e de descascar 'nos gajos' sem apelo nem agravo é muito grande!

Depois deste escrito verificamos no Semanario Transmontano a notícia de obras na ponte do Barracão, na EN 103. Seria bom saber um poco mais.


Foto Bento Gonçalves

«BENTO GONÇALVES

Jovem operário do Arsenal, activista e dirigente sindical.

Dirigente comunista, foi preso em 11 de Novembro desse ano, condenado pelo Tribunal especial Militar e enviado para a Fortaleza de Angra do Heroísmo. Daí, em Outubro de 1936, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde morreu em 11 de Setembro de 1942.»

Sem qualquer juízo de valor, apenas lembrar, nos setenta anos do Campo do Tarrafal um nosso conterrâneo que lá morreu pela ambição de uma pátria melhor.

MAIS INFORMAÇÃO.

No sítio do PCP
Em Almada --->>
No Jornal de Notícias --->>No Diário de Notícias --->>
Contexto histórico --->>
No momento da sua morte, o mundo --->>

09 novembro, 2006


Vimos esta notícia no Publico on line e lembramos a tirada de Ricardo Araújo Pereira em torno de uma sondagem que dizia, e ele há cada sondagem, que um terço dos portugueses gostaria de ser espanhol.

Se até a «Associação dos Comerciantes de Xinzo vai promover a realização dum curso de “português comercial” »

Os comediantes não existem apenas para nos fazer rir...

Repor a verdade!



Falávamos há dias, a propósito da carta educativa, na grave deficiência que era, visto o que estava contido nos relatórios de suporte, não haver formação profissional na área do município.
Como preferimos a verdade à confusão, procuramos saber se, entretanto, a falha se mantinha na actualidade.
Felizmente que não, já havia sido superada.
Segundo informação da DREN, existem actualmente na Escola Secundária Bento da Cruz cursos à disposição dos alunos.
Complementamos com muito agrado o que havíamos referido.

Feira do Fumeiro 2007

Já tem data e espera-se que tenha o sucesso que merecem todos quantos se empenham nisso mesmo.
Não é nossa a função de tecer loas ao que quer que seja. O respeito e a mobilização que anualmente se regista atesta da qualidade quase que institucional da Feira do Fumeiro e da sua importância que qualquer palavra nossa diminuiria necessariamente.
Mas não é disso que pretendemos falar. Bem sabemos da nossa visceral falta de jeito para falar do que agrada a muitos ou entrar em modas. Nunca foi esse a nosso papel, apenas temos a intenção de introduzir algumas notas naquilo que pode ser uma inquietante normalidade.
A feira do Fumeiro leva já muitas edições e sem dúvida estão já investidos em promoção verbas consideráveis. Não é essa promoção que está em causa, aliás, essa é uma dimensão da actividade económica associada ao fumeiro que nunca terá exagerados recursos. Mas ocorre-nos frequentemente pensar: que sementes empresariais estas iniciativas têm lançado no município?
Bem sabemos que se tem espalhado uma rede coerente de unidades artesanais de tipo familiar e é nelas que, parece-nos, se centra a actividade produtiva fundamental. Mas seria demais pedir, ou esperar, que houvesse já um conjunto de pequenas ou médias empresas capazes de dar outro fôlego, outra expectativa de dinamização económica?
Nada temos contra a produção artesanal, como nada temos contra a empresarialização de uma área de negócios de cunho artesanal.
Tememos, de facto, que o cariz artesanal dessa actividade sofra demasiado com os processos demográficos e, no fim, nada reste desta actividade outra coisa senão saudade. A criação de unidades industriais daria outra projecção e peso a um produto que carece de muito saber ancestralmente fundado, mas que não pode subsistir com sucesso e por muito mais tempo à margem das correntes e processos actuais de negócio.
Julgamos que vale a pena pensar nisto.



«A diferença entre um quisoque e a blogosfera».

Terão lido o artigo de opinião que José Pacheco Pereira (JPP) fez publicar hoje no «Publico» com o título acima. Não somos particularmente adeptos ou seguidores da JPP. Parece-nos que a sua opinião está inquinada pelo que chamamos o "Síndrome de Damasco". Mas tal não significa que não apreciemos a objectividade do que diz nem o rigor com que o expõe, a preocupação que tem em se fazer entender.

Não temos que concordar com tudo o que diz neste artigo, mas não deixa de ser significativo o que lá diz. Temas recorrentes, sem dúvida, entrecruzados na complexidade da blogosfera. JPP tem um certo ar elitista nos temas e uma certa 'arrogância' intelectual. Defeitos que podem ser de muito mais gente, certamente, atributos que muitos não podem recusar. Por isso, a sua apreciação, tudo quanto lá diz, deve ser lido à luz desses pressupostos e que só nesse pano de fundo se justifica. Ele que, recorde-se, 'possui' um blog dos mais frequentados: abrupto.blogspot.com. Na 3ª coluna lê-se:

«O número dos blogues significa que também pouco a pouco, as massas das sociedades de massa cheguem à Rede como nunca chegaram antes aos jornais ou chegam hoje à televisão. Trazem com elas aquilo que antes, nos primeiros parágrafos deste texto chamei de "selvajaria": não querem mediações, que são o poder do passado, o poder dos intelectuais, o poder dos antigos poderosos. Querem democracia "participativa, não querem democracia representativa, não querem saber de nada que possa significar privilégio dos sábios, ricos e poderosos. Não prezam a intimidade e a privacidade, porque no seu mundo não existem valores, não prezam a propriedade porque a têm pouca, são anti-intelectuais, combatem todos os que parecem atentar ao seu igualitarismo funcional e punem-nos na Rede como os gostariam de punir cá fora:"é bem feito" é a expressão que mais se ouve.»

Não temos que concordar com isto nem discordar. Não defendemos nem a mediação, nem a total liberdade de qualquer indivíduo regurgitar de imediato o que lhe passa pela cabeça sem remédio nem critério. Quadratura do círculo, certamente!

A nossa opção foi a de não permitir os comentários anónimos (e esta decisão tem incorporada, qual darwinista assumido, a experiência dos erros passados). Preferimos o contacto por mail, forma 'sublime' de mediação, certamente, é verdade, mas não achamos correcto cercear de qualquer forma a liberdade de opinar nem fazer vista grossa à liberalidade de dizer o que surja na tola a qualquer um!

Não queremos manter artificialmente uma querela, nem fechamos a porta à possibilidade de esclarecer, quando necessário e do modo que achemos eficaz, certas abordagens algumas com alguns tiques demenciais. Em boa verdade não subscrevemos a tese de JPP de que muito do que anda na Rede é pura 'selvajaria'. Não, de modo nenhum, não é o nosso critério de qualidade que pode aferir ou filtrar tudo quanto um Outro julgue relevante. Um princípio de 'Caridade' é essencial na avaliação de tudo quanto se diz. A Rede é um espaço de liberdade e esta não coexiste facilmente com a mediação ou com a necessidade de um «Provedor da Crítica». Quando não existe essa capacidade crítica naturalmente que se pugna pela existência dessa mediação, se «cria» essa Autoridade que de lápis azul em riste remeta a asneira para o reino do inaudito, do inaudível.

Num espaço democrático remeter sem mais para o reino da selvajaria tudo quanto não caiba no apertado critério de gosto de alguns é indefensável, mas não significa também que se relaxe até à miséria a falência da capacidade crítica de outros. Em tudo há um equilíbrio, não de autoridade, mas de carácter!



JPublishá me esquecia: ler a última página do JN de hoje, a opinião de Manuel António Pina.

08 novembro, 2006

O fim do dia não é só o apoucamento da luz. Neste tempo, o frio invade de mansinho os dias e aponta célere os passos para o aconchego do lar. Da lareira, da combustão avermelhada da lenha, do fumo e do calor que aquieta e pacifica.
Cá fora, é o cheiro a lenha a queimar, é a aldeia no seu pleno.
Ontem eram os rebanhos que chegavam, as esposas esperando pelo 'home' que do monte vinha para meterem o gado.
Hoje, talvez esse cheiro a lar se mantenha em pleno, só ele, talvez!
Montalegre -- Cabril

Do «Provedor» 'com amor...'

Nota prévia:

Ao clicar nos meus «referrers» saiu-me este endereço :
http://www.blogger.com/comment.g?blogID=13640945&postID=1162.

Já me haviam dito que havia 'comentários', mas como prometera não visitar este site, estava a cumprir. Porém, sem saber onde este me levava cliquei e não posso fazer de conta que não vi o que lá vi.




Ler mais --->

Retomado!

Enquanto deliberamos se damos troco ou não, que a noite não é boa conselheira mas para dormir, vai um poema que aqui colocamos há quase um ano!

«Carregado por mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há-de ser mudo,
Que é melhor neste mundo o mar de enganos,
Ser louco co's demais, que ser sisudo.»

Gregório de Matos (1633-1696)

06 novembro, 2006

Sítio da C. M. Montalegre

Em conversa no Messenger, passe a publicidade, alguém nos avisou para algumas novidades no sítio digital da CMMontalegre. Alterações ao nível da informação a prestar sobre as suas decisões… Só peca por tardia!

A ‘Publicidade’ das decisões é um acto fundamental para a validade das mesmas e um acto de consideração e respeito por aqueles a quem as decisões do órgão afectam.

Não nos parece que seja um aumento de responsabilidade ou até de visibilidade das decisões e dos respectivos fundamentos da parte da autarquia, mas, isso sim, um aumento da responsabilidade, da capacidade crítica e de ponderação em todos aqueles que voluntariamente e no gozo de um direito se prestam ao dever de criticar. Vai, certamente, sobrar em informação o que tem faltado em conhecimento sobre modo de funcionamento dos órgãos, do seu enquadramento legal e dos fundamentos das decisões. Mas isso é muito bom. Talvez acabem, ou se deixem acabar pelo ridículo da pretensão, as posturas daqueles que se remeterem voluntariamente ao papel de juiz e se recusem a igual transparência e publicidade dos fundamentos das suas críticas.. Talvez acabem, também, as críticas que não passam de meras petições de princípio, procurando concluir com validade aquilo que é meramente emanação de preconceitos ou de boatos assumidos como fundamentos.

De facto, saber é Poder!

Sítio da C. M. Montalegre

Em conversa no Messenger, passe a publicidade, alguém nos avisou para
algumas novidades no sítio digital da CMMontalegre. Alterações ao nível
da informação a prestar sobre as suas decisões… Só peca por tardia!

A 'Publicidade' das decisões é um acto fundamental para a validade das
mesmas e um acto de consideração e respeito por aqueles a quem as
decisões do órgão afectam.

Não nos parece que seja um aumento de responsabilidade ou até de
visibilidade das decisões e dos respectivos fundamentos da parte da
autarquia, mas, isso sim, um aumento da responsabilidade, da capacidade
crítica e de ponderação em todos aqueles que voluntariamente e no gozo
de um direito se prestam ao dever de criticar. Vai, certamente, sobrar
em informação o que tem faltado em conhecimento sobre modo de
funcionamento dos órgãos, do seu enquadramento legal e dos fundamentos
das decisões. Mas isso é muito bom. Talvez acabem, ou se deixem acabar
pelo ridículo da pretensão, as posturas daqueles que se remeterem
voluntariamente ao papel de juiz e se recusem a igual transparência e
publicidade dos fundamentos das suas críticas.. Talvez acabem, também,
as críticas que não passam de meras petições de princípio, procurando
concluir com validade aquilo que é meramente emanação de preconceitos ou
de boatos assumidos como fundamentos.

De facto, saber é Poder! E, deste modo, com esta publicidade, o poder é
depositado nas mãos do seu legítimo proprietário!



O dinheiro não é tudo!
In Público.

04 novembro, 2006

Quinta da Veiga em versão Slow Fox!

Fizemos do Google o nosso 'espião' na ‘net’, função que religiosa e diligentemente tem cumprido, depositando na caixa de correio as informações recolhidas sobre as quais 'o' incumbimos que nos informasse.

Estranhamos há tempos quando nos colocou um link «Câmara não é a Quinta da Veiga» com um tema que sabíamos já com barbas e consideramos o depósito excesso de zelo. Como procuramos agir considerando estar primeiro o erro em nós e só depois nos outros, verificamos o conteúdo e surge-nos uma referência para um artigo publicado num jornal de Montalegre com um tema diferente.

Quanto à matéria propriamente dita do artigo ele não é esclarecedor, nem parece ser esse o objectivo. Pretende, parece-nos, formular um paralelismo entre duas situações anómalas, sobre o mesmo espaço, mas com protagonistas diferentes. Inferimos nós que a primeira versão do «A Câmara não é a Quinta da Veiga» tinha então razão de ser e muito mérito tem quem denunciou a anomalia e muito mal fica no retrato, pelo que nesse artigo se ‘confessa’, o responsável por tal estado de coisas. Não têm, porém, razão quando persistem em ‘meter a cabeça na areia’ e inventar desculpas, menorizando as razões de quem votou em quem o autor(a) da peça não gostou. São por demais gritantes em evidencia as razões de tal resultado, que só se estranha a recusa em assumi-las.

Mas quanto a este remake, a situação não nos deixa satisfeito, e a denúncia da situação, independentemente da grandeza da anomalia, tem a sua razão de ser, a ser verdade e a coincidirem, palavra por palavra, o descrito com a situação. Mas a possibilidade de equívoco não pode ser assacada a quem «lê», mas a quem permite a confusão, independentemente da pressa ou de preconceito de quem lê. Mas este, o preconceito, em maior ou menor grau é pecado do qual ninguém se livra.

Afinal, qual o acto que mereceu a retoma de uma frase que terá ficado trancada na garganta a muita gente que ainda não entrou no processo de ‘digestão’?

A nosso ver, um pecado e com razão. A sobreposição da Câmara Municipal com um organismo da Administração Central. Naturalmente que o Dr Fernando Ruas, Presidente da ANMP, quando deste facto soube ficou fulo! Afinal, lá estava uma autarquia que não boicotava o apoio às iniciativas do Estado dentro do seu concelho. Não era o terreno para um quartel de bombeiros, ou para uma escola, ou para um centro de saúde… era, a ser verdade, o apoio a um chamado, não sabemos com que fundamento prático, centro experimental do Barroso.

As relações devem ser protocoladas. É um princípio elementar que garantirá a quem questione o acto o conhecimento dos princípios, dos valores, dos objectivos desses apoios, e permitirá a avaliação do processo e dos resultados com o conhecimento dos valores que dessas iniciativas revertem para a comunidade.

Por isso, e a nossa opinião vale o que vale, essa mistura é intolerável. Intolerável não no sentido de que não deva acontecer esse apoio, mas por nos parecer que de tal facto nada reverte de significativo para a economia de Barroso. Naturalmente que poderão referir um enorme lista de iniciativas realizadas no dito centro, mas, sinceramente, dignas, talvez, de figurar no Curriculum Vitae de algum funcionário, porque, e falamos dos tempos recentes, não vislumbramos nenhum factor relevante de modernização e sustentabilidade da actividade agrícola de Barroso que nele tenha germinado ou sido originada. Poderão dizer que as há, mas que não se ‘experimentam’ é a verdade!

Por isso, deve a autarquia refinar as suas relações a iniciativas que tragam visibilidade e qualidade aos produtos de Barroso e abandonar as relações inquinadas por uma filosofia de ‘planificação estatal’. A 'sociedade civil' dispõe desses recursos com fartura! O sector cooperativo ou associativo devem ser apoiados e desafiados pela autarquia ao incremento dessas valências dos produtos e, no acto, não se deve fazer rogada em apoios. Tem muita folga para isso, tem um enorme campo à sua frente onde é preciso inovar e investir. Afinal, estes pequenos apoios diluem-se no próprio acto e geram a incompreensão legítima. Mas, mais que essa incompreensão, esses apoios nada mais fazem do que manter essas estruturas, tantas vezes decrépitas e inoperantes, quando o que se impõe é uma reformulação completa e a afectação desse espaço e desses recursos a outros domínios a outros serviços à comunidade.

O que parece incomodar é a perspectiva de que esse espaço venha a estar de facto ao serviço da comunidade …

Há que cumprir as promessas embora se questione a finalidade avançada. Mas isso são contas de outro rosário.

03 novembro, 2006

02 novembro, 2006

Carta educativa -- Conclusões (2)


«Na Figura II.13 apresenta-se a projecção para 2013, global e por freguesia. Nesta é
possível comparar dois cenários de evolução da população:
População em crescimento natural (cn);
População resultante da aplicação da taxa migratória admitida e que atenua na
maioria das freguesias (66%) as perdas populacionais verificadas nas últimas décadas».

Relatório dixit.

Não vamos questionar os requisitos científicos para os valores populacionais que se projectam. Afinal, um certo determinismo historicista está, dizem, por demais ultrapassado e o que conta é a determinação de cada um em cada momento para fazer a história e, neste sentido, confirmar ou não as projecções que agora se fazem. Estas não são animadoras nem são catastrofistas, mas não são mais do que a projecção num futuro imediato de um conjunto de factores introduzidos num certo modelo matemático...

Muito há que fazer para que esta realidade educativa seja concretizada e, porque não, melhorada. O incremento da qualidade e quantidade de jovens formados, de 'Doutores', certamente, quem disse que já eram demais?, não pode ser dissociado da criação de uma corrente de empreendedores de modo a garantir a fixação desses jovens...

Talvez falte uma «carta 'empreenditiva'» (desculpem o neologismo...

01 novembro, 2006

Carta educativa -- Conclusões (1).

O acto de homologação da carta educativa não tevem em si mesmo uma grande relevância. Demos nota desse facto para assinalar esse acto formal que o torna, desde agora, um instrumento de gestão e suporte de politicas educativas na área de intervenção delegada no município. O documento havia sido há mais tempo discutido e, tratando-se de uma solução imposta pela necessidade de gestão de territórios educativos e suportado por um relatório consistente nada obstava à sua aprovação e consequente homologação.

Mas de tudo isto fica um documento de suporte que, masis do que justificar uma decisão nos deixa uma radiografia, parcelar, certamente, mas importante para aferir com objectividade a situação demográfica do município. Falamos assim sem preocupação de precisão nos termos.

A primeira nota surge na folha 22 quando, e referindo-se a 2004 podendo nesta altura estar superada a situação, se apresenta o quadro de distribuição dos alunos por ciclo de estudo e por escola, aparece no fundo do quadro a referência a zero número de alunos no ensino profissionalizante. Sabemos que o incremento maior de alunos aconteceu neste anos lectivo por força do correspondente aumento da oferta de cursos. Até porque há uma escola profissional na área do município não deixamos de estranhar essa referência. Mas o facto não pode deixar de ser referido por outra razão: a inexistência de oferta de formação profissional é uma limitação insustentável no sistema de ensino em qualquer área e, em particular, naquele território onde o aperto demográfico é avassalador.

Na página 30, outra fonte de reflexão: a taxa de residentes entre os 18 e os 24 anos que não concluiu nem frequentam o 9º ano é de 27,3%, e nem a comparação com outros municípios com os quais tão desfavoravelmente /e cegamente) comparavam o município de Montalegre pode deixar quem quer que seja descansado. Pior ainda quando a análise se faz àqueles que na mesma faixa etária não têm nem estão a frequentar o ennsino secundário: 48,1%.

Não queremos ser catastrofistas, apenas dar, na medida das nossas possibilidades, o enfoque em aspectos que podem levar a atenção e a preocupação, aquela que sentimos mas que não tem que forçosamente ser partilhada, sobre estes aspectos que os números impõe com crueza.

Já agora e para finalizar esta ideia, vemos no documento complementar o que encima eta apostilha.

Que constatamos, que concluimos?

Em 10 anos reduziu 1,5 % o número de analfabetos, vendo o saldo demográficou que conclusão tirar?

Quando se fala de entraves ao desenvolvimento do município também nos preocupamos com este de monta?

Montalegre -- Vila da Ponte
Montalegre - Pondras, S. Fins