Fizemos do Google o nosso 'espião' na ‘net’, função que religiosa e diligentemente tem cumprido, depositando na caixa de correio as informações recolhidas sobre as quais 'o' incumbimos que nos informasse.
Estranhamos há tempos quando nos colocou um link «Câmara não é a Quinta da Veiga» com um tema que sabíamos já com barbas e consideramos o depósito excesso de zelo. Como procuramos agir considerando estar primeiro o erro em nós e só depois nos outros, verificamos o conteúdo e surge-nos uma referência para um artigo publicado num jornal de Montalegre com um tema diferente.
Quanto à matéria propriamente dita do artigo ele não é esclarecedor, nem parece ser esse o objectivo. Pretende, parece-nos, formular um paralelismo entre duas situações anómalas, sobre o mesmo espaço, mas com protagonistas diferentes. Inferimos nós que a primeira versão do «A Câmara não é a Quinta da Veiga» tinha então razão de ser e muito mérito tem quem denunciou a anomalia e muito mal fica no retrato, pelo que nesse artigo se ‘confessa’, o responsável por tal estado de coisas. Não têm, porém, razão quando persistem em ‘meter a cabeça na areia’ e inventar desculpas, menorizando as razões de quem votou em quem o autor(a) da peça não gostou. São por demais gritantes em evidencia as razões de tal resultado, que só se estranha a recusa em assumi-las.
Mas quanto a este remake, a situação não nos deixa satisfeito, e a denúncia da situação, independentemente da grandeza da anomalia, tem a sua razão de ser, a ser verdade e a coincidirem, palavra por palavra, o descrito com a situação. Mas a possibilidade de equívoco não pode ser assacada a quem «lê», mas a quem permite a confusão, independentemente da pressa ou de preconceito de quem lê. Mas este, o preconceito, em maior ou menor grau é pecado do qual ninguém se livra.
Afinal, qual o acto que mereceu a retoma de uma frase que terá ficado trancada na garganta a muita gente que ainda não entrou no processo de ‘digestão’?
A nosso ver, um pecado e com razão. A sobreposição da Câmara Municipal com um organismo da Administração Central. Naturalmente que o Dr Fernando Ruas, Presidente da ANMP, quando deste facto soube ficou fulo! Afinal, lá estava uma autarquia que não boicotava o apoio às iniciativas do Estado dentro do seu concelho. Não era o terreno para um quartel de bombeiros, ou para uma escola, ou para um centro de saúde… era, a ser verdade, o apoio a um chamado, não sabemos com que fundamento prático, centro experimental do Barroso.
As relações devem ser protocoladas. É um princípio elementar que garantirá a quem questione o acto o conhecimento dos princípios, dos valores, dos objectivos desses apoios, e permitirá a avaliação do processo e dos resultados com o conhecimento dos valores que dessas iniciativas revertem para a comunidade.
Por isso, e a nossa opinião vale o que vale, essa mistura é intolerável. Intolerável não no sentido de que não deva acontecer esse apoio, mas por nos parecer que de tal facto nada reverte de significativo para a economia de Barroso. Naturalmente que poderão referir um enorme lista de iniciativas realizadas no dito centro, mas, sinceramente, dignas, talvez, de figurar no Curriculum Vitae de algum funcionário, porque, e falamos dos tempos recentes, não vislumbramos nenhum factor relevante de modernização e sustentabilidade da actividade agrícola de Barroso que nele tenha germinado ou sido originada. Poderão dizer que as há, mas que não se ‘experimentam’ é a verdade!
Por isso, deve a autarquia refinar as suas relações a iniciativas que tragam visibilidade e qualidade aos produtos de Barroso e abandonar as relações inquinadas por uma filosofia de ‘planificação estatal’. A 'sociedade civil' dispõe desses recursos com fartura! O sector cooperativo ou associativo devem ser apoiados e desafiados pela autarquia ao incremento dessas valências dos produtos e, no acto, não se deve fazer rogada
O que parece incomodar é a perspectiva de que esse espaço venha a estar de facto ao serviço da comunidade …
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