01 novembro, 2006

Carta educativa -- Conclusões (1).

O acto de homologação da carta educativa não tevem em si mesmo uma grande relevância. Demos nota desse facto para assinalar esse acto formal que o torna, desde agora, um instrumento de gestão e suporte de politicas educativas na área de intervenção delegada no município. O documento havia sido há mais tempo discutido e, tratando-se de uma solução imposta pela necessidade de gestão de territórios educativos e suportado por um relatório consistente nada obstava à sua aprovação e consequente homologação.

Mas de tudo isto fica um documento de suporte que, masis do que justificar uma decisão nos deixa uma radiografia, parcelar, certamente, mas importante para aferir com objectividade a situação demográfica do município. Falamos assim sem preocupação de precisão nos termos.

A primeira nota surge na folha 22 quando, e referindo-se a 2004 podendo nesta altura estar superada a situação, se apresenta o quadro de distribuição dos alunos por ciclo de estudo e por escola, aparece no fundo do quadro a referência a zero número de alunos no ensino profissionalizante. Sabemos que o incremento maior de alunos aconteceu neste anos lectivo por força do correspondente aumento da oferta de cursos. Até porque há uma escola profissional na área do município não deixamos de estranhar essa referência. Mas o facto não pode deixar de ser referido por outra razão: a inexistência de oferta de formação profissional é uma limitação insustentável no sistema de ensino em qualquer área e, em particular, naquele território onde o aperto demográfico é avassalador.

Na página 30, outra fonte de reflexão: a taxa de residentes entre os 18 e os 24 anos que não concluiu nem frequentam o 9º ano é de 27,3%, e nem a comparação com outros municípios com os quais tão desfavoravelmente /e cegamente) comparavam o município de Montalegre pode deixar quem quer que seja descansado. Pior ainda quando a análise se faz àqueles que na mesma faixa etária não têm nem estão a frequentar o ennsino secundário: 48,1%.

Não queremos ser catastrofistas, apenas dar, na medida das nossas possibilidades, o enfoque em aspectos que podem levar a atenção e a preocupação, aquela que sentimos mas que não tem que forçosamente ser partilhada, sobre estes aspectos que os números impõe com crueza.

Já agora e para finalizar esta ideia, vemos no documento complementar o que encima eta apostilha.

Que constatamos, que concluimos?

Em 10 anos reduziu 1,5 % o número de analfabetos, vendo o saldo demográficou que conclusão tirar?

Quando se fala de entraves ao desenvolvimento do município também nos preocupamos com este de monta?

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