Um ponto prévio: não está em causa o DIREITO de participação criminal nem o DEVER CÍVICO dos vereadores, exíguas que sejam as suas competências na matéria, de fazer com que as instituições do Estado actuem no sentido de punir atropelos e violações à Lei.
O mesmo não diremos do Direito de publicar o que lhes apetece. Se de facto não estão em condições de esclarecer devidamente o acto à opinião pública, aqueles a quem essa matéria interessa de facto, não lho deviam comunicar com pompa e circunstância (pompa e circunstância, salvo seja!). Em boa verdade, lendo a notícia, nada se lá revela que não seja a opinião de que documentos, pensam eles, «poderem ser pouco claros ou conterem matéria que origine uma forte investigação ao município». A pouca clareza determina, vejam bem, uma forte investigação... Se fossem muito claros... Não, não é correcta a prática de um acto que se supõe estar alicerçado numa forte convicção e depois, com a maior candura e a aparência de um acto de refinado pendor ético -- afirmar que «o processo deve seguir os seus trâmites, com serenidade, sem exaltações e especulações» -- vir demonstrar sem qualquer dúvida estarmos em presença de um mero acto de suspeição.
Não negamos que aquilo de que se fala possa ser mais de que uma mera suspeição, o que nos parece é que, nesta caso, não interessam as explicações [como se o explicante se revestisse de um imaculada autoridade e fosse evidente a ausência de qualquer outro interesse que não os da verdade] mas as interpretações que se fazem ante os factos -- neste caso, ante a ausência de qualquer elemento que ateste a materialidade dos factos que invocam.
De um acto meritório e elevado civismo, este facto cai no contexto de um abjecto «déjà vu», o qual, não significando uma dramática tentativa de marcar uma agenda política ou de reverter artificialmente sobre si as atenções que lhes têm faltado, tem o «dom» de converter o cidadão em triste figurante de uma triste cena, como se esse fosse o papel que ilustríssimos políticos considerem como sendo nele coisa muito natural. Que os documento sigam para as instituições para que se garanta de facto que «o processo deve seguir os seus trâmites, com serenidade, sem exaltações e especulações». Das especulações é que não se livra, e essa é a grande falha que denunciamos.
O mesmo não diremos do Direito de publicar o que lhes apetece. Se de facto não estão em condições de esclarecer devidamente o acto à opinião pública, aqueles a quem essa matéria interessa de facto, não lho deviam comunicar com pompa e circunstância (pompa e circunstância, salvo seja!). Em boa verdade, lendo a notícia, nada se lá revela que não seja a opinião de que documentos, pensam eles, «poderem ser pouco claros ou conterem matéria que origine uma forte investigação ao município». A pouca clareza determina, vejam bem, uma forte investigação... Se fossem muito claros... Não, não é correcta a prática de um acto que se supõe estar alicerçado numa forte convicção e depois, com a maior candura e a aparência de um acto de refinado pendor ético -- afirmar que «o processo deve seguir os seus trâmites, com serenidade, sem exaltações e especulações» -- vir demonstrar sem qualquer dúvida estarmos em presença de um mero acto de suspeição.
Não negamos que aquilo de que se fala possa ser mais de que uma mera suspeição, o que nos parece é que, nesta caso, não interessam as explicações [como se o explicante se revestisse de um imaculada autoridade e fosse evidente a ausência de qualquer outro interesse que não os da verdade] mas as interpretações que se fazem ante os factos -- neste caso, ante a ausência de qualquer elemento que ateste a materialidade dos factos que invocam.
De um acto meritório e elevado civismo, este facto cai no contexto de um abjecto «déjà vu», o qual, não significando uma dramática tentativa de marcar uma agenda política ou de reverter artificialmente sobre si as atenções que lhes têm faltado, tem o «dom» de converter o cidadão em triste figurante de uma triste cena, como se esse fosse o papel que ilustríssimos políticos considerem como sendo nele coisa muito natural. Que os documento sigam para as instituições para que se garanta de facto que «o processo deve seguir os seus trâmites, com serenidade, sem exaltações e especulações». Das especulações é que não se livra, e essa é a grande falha que denunciamos.
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