15 outubro, 2007

Pois! (4)

Ver que as promessas se diluem no ar e, afinal, ver que aqueles que há um ano recebiam a garantia de que não iriam para o quadro de mobilidade não podem escapar à lógica a que estão submissos todos os servidores do Estado, não é uma frustração nem uma surpresa...
Ver a promessa de que os recursos apresentados ao concurso de titulares teriam a resposta em Setembro, antes do início das aulas, não é nem uma surpresa nem uma frustração quando, indo já o mês de Outubro a meio e, de resposta ou esclarecimento... E deste facto, de facto, nenhum mal ocorrerá no mundo!
Se não há surpresa nem frustração, há, pelo menos, a constatação de algo que nos remete para um problema mais profundo.
A abordagem dos problemas como estes e a propositura das suas soluções, não podem ser actos nivelados com as simples posições pessoais, eivadas, possivelmente, de contradições e onde não se conseguem esconder os seus preconceitos de raiz. A consciência e resolução de um «problema» exige a sua delimitação cuidada e criteriosa, a sua definição objectiva, para cuidar de que se fala dele e não de uma outra coisa qualquer. Mas, mais do que isto, é fundamental ter a percepção, ver antes, as consequências da adopção de uma determinada solução...
Por isso, mais do que frustração ou qualquer outra consideração sobre essas promessas falhadas, interessa perceber que na sua raiz está a deficiente ou precipitada perspectivação e, consequentemente, a incapacidade de perceber as consequências das soluções que se implementaram. E, aqui como em tudo na vida de todos e de cada um, a realidade será sempre juiz impiedosa dos nossos devaneios, por mais «razões» que os «travistam», por mais empenho ou obstinação que se coloque na sua concretização...

Entretanto, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes!

(continua)

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