Comparem com isto:
«Quando eu era um devorador de Bibliotecas, nem o Paradise Lost de Milton me escapou. E confesso que não fiquei muito entusiasmado com o poema do abstruso inglês. Nem admira. Era jovem de mais para me preocupar com a perda de qualquer paraíso, fosse a daquele donde os anjos rebeldes se precipitaram nas parafundas, fosse a daqueloutro donde Adão e Eva foram escorraçados para este vale de lágrimas. Mas hoje que estou velho, compreendo, final e dolorosamente, o mito dos paraísos perdidos. Compreendo porque também perdi o meu. Paraíso da minha infância. Tempo de maravilhas. Era das descobertas. Das coisas vistas pela primeira vez, das palavras ouvidas pela primeira vez. Como eu recordo..."
Bento da Cruz (2008), Prolegómenos, 2º Ed. Lisboa: Âncora
É nisto que Barroso faz justiça ao mundo todo?
Ou é nisto que o mundo todo faz justiça a Barroso?
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