Dois tipos de notícias concorrem, confluem, para o mesmo ponto: a credibilidade das instituições. É bem saber que elas funcionam e que a partir delas se pode ir aferindo o modo como se vai instaurando uma clima de transparência e, por via disso, de incremento da confiança dos cidadãos em todos quantos desempenham cargos públicos.
O primeiro sinal tem a ver com a notícia hoje vinda a público da disponibilidade on line das inspecções ordinárias feitas às autarquias.
O segundo, mais melindroso, tem a ver com a perda de mandato de vereadores, de que há notícias de acontecerem e estar a (ou em vias de) acontecer em várias autarquias. Tal não é, em si mesmo, um acto de transparência da administração, mas é sim uma penalização de quem se furta de modo negligente a uma obrigação, exigência esta que não é de pouca monta e que remete para a declaração de património e de interesses dos detentores de cargos públicos. Fora notícia há tempo o número elevado de autarcas que não cumpriam ainda essa obrigação, mau seria, portanto, que desse incumprimento nada resultasse, como se de um imenso espaço de impunidade se tratasse. Não queremos com isto lançar sobre os visados qualquer avaliação ou suspeição que não seja apenas e só, com esta nota, a censura relativa a este incumprimento, que o património e cargos desempenhados de e por cada um a só a eles dizem respeito e ao cidadão diz respeito todo o resto.

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