05 julho, 2012



A perversão das prioridades chega em força e vai ganhando foros de cidadania. Bem sabemos que a sacrossanta troika fornece justificação de recurso para a defesa de uma coisa e do seu contrário. Trata-se de uma estratégia de diversão, um esforço -- breve e fraco não fora a clara e pronta adesão de muitos a esta estratégia de divergir. Sim, divergir que é disso que se trata e com mais facilidade se implementa e pior juízo merece quanto mais fácil se sabe vencer uma estratégia má num cenário que todos sabemos mau.
Mas também todos sabemos, dizem por aí, que de todas as paixões o medo é aquela que mais debilita o bom senso. E tem funcionado, até ver, este lastro de medo, esta iminência da perdição, esta máxima mil vezes derrotada mas sempre vencedora: ou isto ou o caos. Tem sido isso, muito mais e o caos, tem sido o chicote, a injustiça e o conformismo atávico a sarar as feridas que nuca saram e matam.
Não, não será o caos o que resultar deste arranjo de fregueses. Bem sabemos que esta indistinção da sua identidade com o espaço físico onde se nasceu e viveu vai criar alguma confusão na gente, mas nada que o tempo e os sentidos que de aí em diante se construírem não consiga mudar. A bem dizer, muitas freguesias não faziam sentido ontem, não o ganham agora para amanhã o exigirem. Extingam-nas que não fazem falta.
O problema é de prioridades e de pouca coragem. Se a "troika" implicou com a organização política ineficiente e sorvedora de dinheiro, das duas uma, ou estava mal informada ou está bem equivocada. Ou estaria a pensar em municípios?
Aposto nesta. Poupar no farelo...
'Tá bem, juntem lá umas freguesias como der jeito e deixem tudo na mesma. 

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