Opinião de Pacheco Pereira:
"Uma das coisas de que se deve fugir a sete pés é a tendência dos governantes para tomarem medidas grátis ou baratas quando não há dinheiro para fazer qualquer outra coisa. É infelizmente uma prática habitual nos ministérios mais apertados pelas restrições financeiras e destinam-se a mostrar que o Ministro existe mesmo, e não é um fantasma que vagueia pelas salas. Há assim duas políticas: as reais, que são os cortes, e a fictícia que são as medidas grátis e baratas. Em áreas como a cultura, a educação e a justiça, está-se cada vez mais neste terreno perigoso do fictício.
Infelizmente os resultados desta prática são conhecidos: ou se estraga o que está a funcionar bem em nome de qualquer melhoria utópica, ou acaba por se gastar muito mais dinheiro com aquilo que aparentemente se apresentava como sendo grátis ou a “custo zero” como agora se diz. [...]"
Uma ideia a reter: perde-se o tempo a mostrar que se existe. O exemplo das novas regras do RSI é o exemplo disso.
RSI obriga a trabalho social e contabiliza património.
Quanto à primeira exigência ela é de todo questionável, parece, assim sem rodeios, uma forma de expor, de exibir a pobreza dos pobres. Quanto à segunda, não passa de uma forma maquiavélica de poupar.
"A verificação de recursos passará a ser feita através de três formas. Primeiro consagra-se "um novo conceito de agregado familiar, mais próximo da realidade", em que podem eventualmente ser tidos em conta rendimentos de pais ou de filhos. Em segundo lugar, passa a ser considerada a totalidade de rendimentos, como apoios em espécie (por exemplo, assistência alimentar de IPSS), ou apoios a nível de habitação social. Mas será também tido em conta o património dos beneficiários (carros, casas ou outros bens). Por último, o Governo vai adoptar a fórmula de cálculo da OCDE para estimar os rendimentos em função do agregado familiar, tendo em conta a existência de economias de escala no seio dos mesmos. (http://www.dn.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1562818)."
Isto é, se tem uma "casa da câmara", conta a diferença, se recebe alimentos do banco alimentar, conta...
Vejam isto e pensem!
Quanto à primeira exigência ela é de todo questionável, parece, assim sem rodeios, uma forma de expor, de exibir a pobreza dos pobres. Quanto à segunda, não passa de uma forma maquiavélica de poupar.
"A verificação de recursos passará a ser feita através de três formas. Primeiro consagra-se "um novo conceito de agregado familiar, mais próximo da realidade", em que podem eventualmente ser tidos em conta rendimentos de pais ou de filhos. Em segundo lugar, passa a ser considerada a totalidade de rendimentos, como apoios em espécie (por exemplo, assistência alimentar de IPSS), ou apoios a nível de habitação social. Mas será também tido em conta o património dos beneficiários (carros, casas ou outros bens). Por último, o Governo vai adoptar a fórmula de cálculo da OCDE para estimar os rendimentos em função do agregado familiar, tendo em conta a existência de economias de escala no seio dos mesmos. (http://www.dn.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1562818)."
Isto é, se tem uma "casa da câmara", conta a diferença, se recebe alimentos do banco alimentar, conta...
Vejam isto e pensem!
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