«O Governo continua a distribuir Magalhães, na convicção, fingida ou não, de que com tal gesto está a estimular a alfabetização, a cultura, a curiosidade intelectual, o espírito profissional, a capacidade científica e a criatividade nacional. Será que nas áreas do Governo e do partido não há ninguém que explique que isso não acontece assim?Segundo a OCDE, o abandono escolar na União Europeia foi, em 2007, de cerca de 15 por cento.
Portugal, com 36,3 por cento, tem a taxa mais alta. Mais de um terço da população entre 18 e 24 anos não completou a escola e não frequenta cursos de formação profissional. Só 13 por cento da população activa adulta completou o ensino secundário e perto de 57 por cento apenas terminaram o primeiro ciclo do básico. Ainda segundo a OCDE e um estudo de Susana Jesus Santos (do banco BPI), a distribuição dos tempos de aulas nas escolas, para alunos de nove a 11 anos, mostra como a juventude portuguesa está orientada. Em Portugal, a leitura (e o Português) ocupa 11 por cento do tempo de aulas. Na União Europeia, 25. Em Portugal, a Matemática ocupa 12 por cento. Na União Europeia, 17.Que é que o Magalhães tem a ver com isto? Nada. Absolutamente nada!"» in de rerum natura.
02 dezembro, 2008
Quando nos dignamos fazer uma revisão retrospectiva tentando perceber a origem das "coisas", deparamos com algo deste tipo e que nos demonstra a enorme diferença entre o prometido e o realizado.
Naturalmente que acreditamos que na origem destas orientações políticas -- genéricas, certamente, e que não podem descer a "pormenores" como os que ocupam infelizmente as primeiras páginas dos jornais -- está o "profundo" conhecimento da situação em que se encontrava o ensino.
A opinião que segue recorda...
Sem negar os progressos que entretanto se fizeram, mas estando atentos a um grupo importante de problemas que persistem, ampliemos um pouco mais o âmbito da questão com que termina essa opinião e perguntemos se tanta confusão instalada não está de facto a ocultar, mais uma vez, a grande incapaciade de consistente e definitivamente se operar a revolução que falta no ensino e de fazer com que problemas reais ocupem de uma vez por todas o centro das preocupações de toda a gente.
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