O problema de alguns comentadores, jornalistas e fazedores de opinião é o mesmo que o de alguns imigrantes portugueses. Formados num ambiente de privação e miséria, viram na "estranja" o único lugar do mundo onde o acesso a um limiar aceitável de dignidade e promoção pessoal era possível. Mudança de lugar, mudança de vida, mudança anímica, suportadas num gesto de coragem e numa atitude de persistência que deu frutos. Um emigrante dos anos cinquenta do século passado é um homem ou mulher de coragem.
Mas não há bela sem senão, diz o rifão, e nota-se que a leitura e as atitudes que têm perante o Portugal de hoje deixa a impressão geral, e aqui e ali a certeza, de que a sua imagem não é diferente da imagem gravada na memória dos tempos e das condições que os obrigaram à diáspora. E como os compreendemos.
Lendo as abordagens feitas por tanta gente aos que se passa na escola, e a imagem que têm dos professores, parece que não é hoje diversa a imagem dos professores da dos "maus" que tiveram e que lhes garantiram o acesso à formação que ostentam. Não deixam de ter razão e verdade no juízo que fazem do que passaram, mas não deixa igualmente de ser verdade que não será uma avaliação totalmente justa e acertada aos professores de hoje. Não se trata de uma mudança apenas resultante de um processo natural de sedimentação, mas produto de alterações substantivas e de atitudes que escapam à percepção e compreensão de quem vê a escola apenas em perspectiva... E bem sabemos como é que se lêem as estatísticas...
É bem verdade que há maus professores e todos, mesmo os bons, já foram maus aqui e ali, durante algum tempo ou em diversas circunstâncias, mas que, conforme a uma dinâmica particular de cada um ou da própria escola, foram capazes de superar com maior ou menor esforço, maior ou menor sucesso esses constrangimentos a uma actividade de sucesso. E por isso devem ser avaliados!
O que parece é que a maioria dos que "botam" opinião justificam-se, qual sacrossanto dogma, no imobilismo da escola como marca indelével e não querem ver várias coisas:
-- Que o imobilismo é a marca de água de uma instituição como a Escola, e que é condição imposta para a manutenção de um estado de coisas...
-- Que os professores não são imobilistas, mas condenados ao imobilismo pela incapacidade da escola se reformular em torno de critérios de sucesso de vida dos alunos...
-- que a presente contestação é acima de tudo uma reacção contra o incremento do imobilismo a que querem subjugar a Escola. Um exemplo, entre muitos possíveis. O professor será avaliado pelos resultados e não pela qualidade das estratégias...
Pode ser que alguns não vejam as diferenças, ou seja mais cómodo para os seus palpites sobre a educação o recurso a estatísticas que a investigação criteriosa e rigorosa do fenómeno da educação...
Ou não queiram perceber as diferenças de paradigma e achem mais confortável a unicidade de percursos proposta ante a diversidade e riqueza de alternativas.
Mas não há bela sem senão, diz o rifão, e nota-se que a leitura e as atitudes que têm perante o Portugal de hoje deixa a impressão geral, e aqui e ali a certeza, de que a sua imagem não é diferente da imagem gravada na memória dos tempos e das condições que os obrigaram à diáspora. E como os compreendemos.
Lendo as abordagens feitas por tanta gente aos que se passa na escola, e a imagem que têm dos professores, parece que não é hoje diversa a imagem dos professores da dos "maus" que tiveram e que lhes garantiram o acesso à formação que ostentam. Não deixam de ter razão e verdade no juízo que fazem do que passaram, mas não deixa igualmente de ser verdade que não será uma avaliação totalmente justa e acertada aos professores de hoje. Não se trata de uma mudança apenas resultante de um processo natural de sedimentação, mas produto de alterações substantivas e de atitudes que escapam à percepção e compreensão de quem vê a escola apenas em perspectiva... E bem sabemos como é que se lêem as estatísticas...
É bem verdade que há maus professores e todos, mesmo os bons, já foram maus aqui e ali, durante algum tempo ou em diversas circunstâncias, mas que, conforme a uma dinâmica particular de cada um ou da própria escola, foram capazes de superar com maior ou menor esforço, maior ou menor sucesso esses constrangimentos a uma actividade de sucesso. E por isso devem ser avaliados!
O que parece é que a maioria dos que "botam" opinião justificam-se, qual sacrossanto dogma, no imobilismo da escola como marca indelével e não querem ver várias coisas:
-- Que o imobilismo é a marca de água de uma instituição como a Escola, e que é condição imposta para a manutenção de um estado de coisas...
-- Que os professores não são imobilistas, mas condenados ao imobilismo pela incapacidade da escola se reformular em torno de critérios de sucesso de vida dos alunos...
-- que a presente contestação é acima de tudo uma reacção contra o incremento do imobilismo a que querem subjugar a Escola. Um exemplo, entre muitos possíveis. O professor será avaliado pelos resultados e não pela qualidade das estratégias...
Pode ser que alguns não vejam as diferenças, ou seja mais cómodo para os seus palpites sobre a educação o recurso a estatísticas que a investigação criteriosa e rigorosa do fenómeno da educação...
Ou não queiram perceber as diferenças de paradigma e achem mais confortável a unicidade de percursos proposta ante a diversidade e riqueza de alternativas.