Já devem ter desviado a atenção, de horror, certamente, da cena que por aí pulula saltando dos "écrans" da televisão para a plataforma universal de partilha de vídeos youtube. Só por esta última via tivemos acesso a essa prova cabal de falência de uma medida. Já o tínhamos aflorado aqui, mas certamente se desviara a atenção para a abordagem folclórica da situação do fecho do SAP, ou urgências, de Anadia e se esquecia esse caso bem mais grave de uma bebé que, pela mesma altura, de Carregal do Sal para lugar nenhum, falecia em trânsito no colo da mãe, numa viagem solitária com o motorista da ambulância.
Prezamos demasiado a racionalidade que nos distingue para desprezar, por mero capricho ou enfiamento ideológico, as razões que nos oferecem para justificar os actos que alguém pratica. Mas em nome da mesma racionalidade não vemos razão nenhuma para não desprezar de um penada esses mesmos argumentos, incluindo aquele de que «tudo isto é para o bem das populações», quando confrontados com um só caso que demonstre a verdade do contrário. E este caso de Alijó, se não resultar de uma criminosa encenação, demonstra sem apelo nem agravo, quanto de desprezo pela segurança das populações co-habita nas medidas relativas ao SNS. Não desprezamos de todo as razões das medidas que se tomaram, mas tão só a ligeireza e o ingénuo optimismo das soluções que engendraram...
Claro que, como alguém diz na bloguesfera, o Primeiro Ministro deveria remodelar, sim, mas nunca os Ministros da Saúde e a da Educação como prova do claro apoio político...
Claro!
Quanto a nós, que certamente pouco percebemos disto e muito menos dessa figura metafísica do 'apoio político', custa-nos ver José Sócrates enredado numa teia de oportunidades perdidas nestas áreas. Mas também não nos custa imaginar por aí alguns, muitos mesmo, que esfregam as mãos de contente por ver o mesmo Sócrates a ser frito em lume brando e na praça pública.
Prezamos demasiado a racionalidade que nos distingue para desprezar, por mero capricho ou enfiamento ideológico, as razões que nos oferecem para justificar os actos que alguém pratica. Mas em nome da mesma racionalidade não vemos razão nenhuma para não desprezar de um penada esses mesmos argumentos, incluindo aquele de que «tudo isto é para o bem das populações», quando confrontados com um só caso que demonstre a verdade do contrário. E este caso de Alijó, se não resultar de uma criminosa encenação, demonstra sem apelo nem agravo, quanto de desprezo pela segurança das populações co-habita nas medidas relativas ao SNS. Não desprezamos de todo as razões das medidas que se tomaram, mas tão só a ligeireza e o ingénuo optimismo das soluções que engendraram...
Claro que, como alguém diz na bloguesfera, o Primeiro Ministro deveria remodelar, sim, mas nunca os Ministros da Saúde e a da Educação como prova do claro apoio político...
Claro!
Quanto a nós, que certamente pouco percebemos disto e muito menos dessa figura metafísica do 'apoio político', custa-nos ver José Sócrates enredado numa teia de oportunidades perdidas nestas áreas. Mas também não nos custa imaginar por aí alguns, muitos mesmo, que esfregam as mãos de contente por ver o mesmo Sócrates a ser frito em lume brando e na praça pública.
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