Não queremos embarcar nesse processo de crítica fácil, desprezando tudo quanto há que ser feito para adequar a prestação de serviços às necessidades das pessoas, evitando que, a coberto disso, se criem mordomias e benesses de todo em todo injustas e ou desproporcionadas para as condições do país. Estará até aqui, quem sabe, parte da solução ...
No que toca à rede de urgências, as declarações de responsáveis da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências (CTPRU) ao defender a reformulação da rede de ambulâncias e a profissionalização daqueles que operam as viaturas, em nada ajudam a pacificar a situação ou a ver, para lá dos inevitáveis problemas, a bondade da orientação política da reforma. Sim, que isto de haver um suporte técnico para a decisão não evita que esta seja eminentemente política. Resulta desta tomada de posição, a retirada dessa muleta e a insistir nos fundamentos quase-que-políticos da reforma. E aí o Senhor Ministro fica a descoberto, denunciando, a fazer fé nas declarações desses responsáveis, que a contraparte da reformulação da urgências não foi acompanhada da necessária e fundamental compensação com alternativas de qualidade.
Naturalmente que isto não é motivo para a demissão do Senhor Ministro, talvez sim para o pedido de renúncia, mas estes gestos são tão raros em Portugal! Lembram o gesto daquele responsável da ASAE a fumar no Casino? Apostamos que em países que desejamos imitar esse responsável não chegaria ao fim da semana provido no cargo... mas não, numa atitude de «chicoespertice» típica, vá de encontrar na lei interpretações para justificar o seu acto e, no mesmo gesto, as incongruências dessa mesma lei!
Neste caso, assistimos ao mesmo. Naturalmente que o Primeiro Ministro não remodelará o governo, passou já o tempo para o fazer, mas a verdade é que se corre o risco de a veia reformista que a situação exigia do governo se dilua na anulação reciproca de uma medida boa pela má que lhe segue. Que significa, afinal, o remoque do Senhor Ministro, pensamos que a propósito da construção de um hospital privado, em Chaves, com maternidade? Que vê entrar-lhe pela porta da frente aquilo que acabara de rejeitar pela janela...
Falta de coordenação, sem dúvida, mas também falta de ponderação, tempo para amadurecimento das soluções propostas e capacidade de ouvir os parceiros sem qualquer reserva mental.
«Só pode aspirar a governar um país, e sobretudo com a possibilidade de o fazer com maioria absoluta, uma força política que no seu interior pratique as mesmas virtudes de tolerância, de abertura e de diálogo, que terá de aplicar sempre no exercício da actividade governativa»
Estas são palavras, marcas, de António Guterres, mas marcas que se diluem, que desaparecem da acção governativa presente.
No que toca à rede de urgências, as declarações de responsáveis da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências (CTPRU) ao defender a reformulação da rede de ambulâncias e a profissionalização daqueles que operam as viaturas, em nada ajudam a pacificar a situação ou a ver, para lá dos inevitáveis problemas, a bondade da orientação política da reforma. Sim, que isto de haver um suporte técnico para a decisão não evita que esta seja eminentemente política. Resulta desta tomada de posição, a retirada dessa muleta e a insistir nos fundamentos quase-que-políticos da reforma. E aí o Senhor Ministro fica a descoberto, denunciando, a fazer fé nas declarações desses responsáveis, que a contraparte da reformulação da urgências não foi acompanhada da necessária e fundamental compensação com alternativas de qualidade.
Naturalmente que isto não é motivo para a demissão do Senhor Ministro, talvez sim para o pedido de renúncia, mas estes gestos são tão raros em Portugal! Lembram o gesto daquele responsável da ASAE a fumar no Casino? Apostamos que em países que desejamos imitar esse responsável não chegaria ao fim da semana provido no cargo... mas não, numa atitude de «chicoespertice» típica, vá de encontrar na lei interpretações para justificar o seu acto e, no mesmo gesto, as incongruências dessa mesma lei!
Neste caso, assistimos ao mesmo. Naturalmente que o Primeiro Ministro não remodelará o governo, passou já o tempo para o fazer, mas a verdade é que se corre o risco de a veia reformista que a situação exigia do governo se dilua na anulação reciproca de uma medida boa pela má que lhe segue. Que significa, afinal, o remoque do Senhor Ministro, pensamos que a propósito da construção de um hospital privado, em Chaves, com maternidade? Que vê entrar-lhe pela porta da frente aquilo que acabara de rejeitar pela janela...
Falta de coordenação, sem dúvida, mas também falta de ponderação, tempo para amadurecimento das soluções propostas e capacidade de ouvir os parceiros sem qualquer reserva mental.
«Só pode aspirar a governar um país, e sobretudo com a possibilidade de o fazer com maioria absoluta, uma força política que no seu interior pratique as mesmas virtudes de tolerância, de abertura e de diálogo, que terá de aplicar sempre no exercício da actividade governativa»
Estas são palavras, marcas, de António Guterres, mas marcas que se diluem, que desaparecem da acção governativa presente.
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