21 novembro, 2005

Afinal, regressou!

Não fora a referência que o barrosofm fez ao regressado «o povo de barroso», não mais digitaria a sequência de letras que compõe o endereço do jornal. Depois da situação de indigência a que o jornal chegara, nada fazia prever um regresso nos mesmos termos e no mesmos moldes. É que há obras que só fazem sentido estar de pé depois de previamente demolidas e construídas noutras bases, com outros arquitectos e finalidades. Arrastando-se penosamente pela Web, dando cobertura desenvergonhada à candidadtura de um só homem, convertido em jornal de campanha, efémera e limitada no tempo, o jornal agonizava em torno dos estertores do candidato e solidário do seu destino. Até a declaração de supremo desprendimento relativo à suspensão do cargo publicou como tal ...
Mas não, reapareceu, com novo director. Mas não é um jornal novo. Mais arrumado, desta vez acertaram na fotografia do autor da coluna de opinião! mas animado da mesma peçonha. A verdade, e eu esquecera-o, é que há eleições e, enquanto as há, há sempre um jornal de campanha. Desta vez de CS! Nada me espanta em tudo isto. Afinal tenho os endereços dos blog's de MS e MA na coluna ao lado!
Mudem ao menos o nome já que não souberam mudar de vida, porque de Barroso falam os barrosões e há muito que dizer e fazer por ele e por eles. Que hipostasiar CS é sinal de dependência obtusa sempre que não se justifica. Afinal, a razoabilidade do ser humano mede-se pela capacidade de juntar razões -- de peso quando são pessoas de peso!-- aos actos que praticamos. Os actos gratuítos não existem... 'Não há almoços grátis', repetia alguém até à exaustão.


PS- Publiquei, com base numa notícia do DN, a seguinte nota:

10.31.2005

"Pensões: Soares uma, Cavaco três"

«Em termos de pensões, bem se pode dizer que Cavaco Silva bate Mário Soares por três a um, de acordo com os dados fornecidos pelas duas candidaturas presidenciais. A polémica já estalou, em torno da pensão que Cavaco Silva recebe do erário público por ter sido durante dez anos primeiro-ministro (entre 1985 e 1995). Soares trouxe o caso à baila, não para criticar o facto de Cavaco auferir a pensão, mas antes para desmontar o argumento do próprio Cavaco, que diz não pertencer à classe política.
O Estatuto Remuneratório dos Titulares de Cargos Políticos foi alterado recentemente (e, por exemplo, o regime para os autarcas continua a gerar polémica) na Assembleia da República. E, em nome do fim das 'regalias injustificadas', decidiu-se acabar, entre outras regalias, com as pensões vitalícias que eram atribuídas aos ex-primeiros-ministros - a pensão apenas se mantém para os ex-presidentes da República.
Mas a lei não é retroactiva e ambos os candidatos podem continuar livremente a receber as suas pensões.
Segundo dados fornecidos pela candidatura de Mário Soares, este abdicou de uma das pensões, por ter sido advogado, limitando-se a receber aquela a que tem direito por ter sido chefe de Estado. E que corresponde a 80 por cento do vencimento do Presidente da República (ou seja, a cerca de 5600 euros).
Quanto a Cavaco Silva, e segundo o que já foi noticiado, recebe três pensões, num total de 9356 euros mensais. Uma por ter sido funcionário do Banco de Portugal, uma outra paga através da Caixa Geral de Aposentações por ter sido professor catedrático de Economia na Universidade Nova de Lisboa. E uma terceira, ainda, pelo facto de ter chefiado o Governo durante uma década. Esta subvenção, segundo Cavaco, é no valor de 2876 euros líquidos por mês. M.S.»
(Diário de Notícias de hoje)»

Os dados não coincidem. Isto é, coincidem no facto de um candidadto que não se diz político, ter uma reforma de político -- «pelo facto de ter chefiado o Governo durante uma década. Esta subvenção, segundo Cavaco, é no valor de 2876 euros líquidos por mês» . Dizer o contrário é suprema hipocrisia. CS recebe três pensões!




1 comentário:

Anónimo disse...

afinal a directora do jornal "o povo de barroso" não mudou.Continua é a não escrever quaquer artigo. Será que ela sabe escrever?