Hoje nova notícia sobre esta questão.
Portugal tem fracos alunos de ciências e uma percentagem elevada de repetentes, jornal «Público» de hoje, e referindo-se a dados da UNESCO e OCDE.
Os dados são preocupantes e não contestamos as afirmações dos responsáveis governamentais ao dizerem que a situação já foi bem pior. De facto assim é, mas não deixa de ser alarmante que o discurso se centre na perspectiva de afirmar que assim é tentando desviar a atenção do enorme fosso que, não obstante os progressos (?), ainda existe para que os portugueses se sintam habilitados a fazer parte do pelotão da frente.
É bem verdade que haverá hoje muita gente que não sabe no secundário o que antigamente era «obrigado» a saber na 4ª classe. Sinais dos tempos, certamente, que as condições mudaram bastante neste tempo que se compara sem se poder afirmar com justiça que mudaram para pior. Bem pelo contrário.
O que nos interessa saber é quanto nestes dados estatísticos e que se usa para esgrimir de um lado e do outro falam realmente «verdade», isto é, se reportam a uma situação que interessa que exista de facto ... Porque a taxa de reprovação pode ser manipulada de muitas maneiras, pelo que interessa saber de que se fala quando se fala de progressos...
Numa perspectiva «política» interessa que o cidadão possua as capacidades intelectivas que lhe permitam a autonomia pessoal pela possibilidade que lhe faculta de intervir activamente e com sucesso no plano cívico, cultural, social e económico.
Numa perspectiva administrativa interessa que os valores de reprovação se aproximem da média..., sem cuidar de saber -- ou explicar -- se esses esforços se coadunam com a garantia de sucesso que cada cidadão precisa.
A pressa em debitar números, contestar números... vem, por um lado, revelar a perspectiva dos responsáveis e, por outro, só vem atrapalhar na ponderação de um problema que não podendo ser resolvido no tempo de uma geração não pode, também, em tão pouco tempo garantir uma tendência de solução como nos querem fazer crer. E não dizemos aqui que quem o diz não tenha toda a razão, mas ...para quê a pressa em dizê-lo? Além do mais, esses resultados positivos, como alguém dizia há tempos, «precisam de ser confirmados, avaliados em circunstâncias comparáveis»! E concluía ele, «pois logo aparecem as «desilusões do básico ou a incapacidade visível de tantos alunos para compreender o mundo».
...
E, concluímos nós, a esperança de inversão desta situação está no Prémio Nacional dos Professores e no Prémio de Mérito? Que seja necessário trabalhar com entusiasmo, estimular a descoberta, como diz Daniel Sampaio, obviamente, postamos nisso, mas é por aí que as coisas vão?
Portugal tem fracos alunos de ciências e uma percentagem elevada de repetentes, jornal «Público» de hoje, e referindo-se a dados da UNESCO e OCDE.
Os dados são preocupantes e não contestamos as afirmações dos responsáveis governamentais ao dizerem que a situação já foi bem pior. De facto assim é, mas não deixa de ser alarmante que o discurso se centre na perspectiva de afirmar que assim é tentando desviar a atenção do enorme fosso que, não obstante os progressos (?), ainda existe para que os portugueses se sintam habilitados a fazer parte do pelotão da frente.
É bem verdade que haverá hoje muita gente que não sabe no secundário o que antigamente era «obrigado» a saber na 4ª classe. Sinais dos tempos, certamente, que as condições mudaram bastante neste tempo que se compara sem se poder afirmar com justiça que mudaram para pior. Bem pelo contrário.
O que nos interessa saber é quanto nestes dados estatísticos e que se usa para esgrimir de um lado e do outro falam realmente «verdade», isto é, se reportam a uma situação que interessa que exista de facto ... Porque a taxa de reprovação pode ser manipulada de muitas maneiras, pelo que interessa saber de que se fala quando se fala de progressos...
Numa perspectiva «política» interessa que o cidadão possua as capacidades intelectivas que lhe permitam a autonomia pessoal pela possibilidade que lhe faculta de intervir activamente e com sucesso no plano cívico, cultural, social e económico.
Numa perspectiva administrativa interessa que os valores de reprovação se aproximem da média..., sem cuidar de saber -- ou explicar -- se esses esforços se coadunam com a garantia de sucesso que cada cidadão precisa.
A pressa em debitar números, contestar números... vem, por um lado, revelar a perspectiva dos responsáveis e, por outro, só vem atrapalhar na ponderação de um problema que não podendo ser resolvido no tempo de uma geração não pode, também, em tão pouco tempo garantir uma tendência de solução como nos querem fazer crer. E não dizemos aqui que quem o diz não tenha toda a razão, mas ...para quê a pressa em dizê-lo? Além do mais, esses resultados positivos, como alguém dizia há tempos, «precisam de ser confirmados, avaliados em circunstâncias comparáveis»! E concluía ele, «pois logo aparecem as «desilusões do básico ou a incapacidade visível de tantos alunos para compreender o mundo».
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E, concluímos nós, a esperança de inversão desta situação está no Prémio Nacional dos Professores e no Prémio de Mérito? Que seja necessário trabalhar com entusiasmo, estimular a descoberta, como diz Daniel Sampaio, obviamente, postamos nisso, mas é por aí que as coisas vão?
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