06 novembro, 2007

Pois! (fim)

Uma nota prévia, para que conste e se afastem as dúvidas: não consideramos que as escolas estejam, como por aí se diz, numa perfeita bandalheira. Não nada disso, enquanto instituição, a escola tem uma cultura, independentemente do valor que se lhe dê, que resiste a «momentos» e a circunstâncias. Umas melhor que as outras, é verdade, mas este melhor ou pior é imune a esses estados de alma, a tiradas de circunstância daqueles de quem se esperaria o seu cuidado! Esta resistência pode pois ser considerado a razão de ser do seu marasmo ou da sua salvação. Essa discussão é bem outra e não cabe aqui e, pelos visto, em lado nenhum.

A discordância de fundo, se é que isso interessa, não está contra a tentativa de combater o automatismo da exclusão por faltas -- nenhum professor sabe o que isto seja! -- mas no modo como se institui o processo de manter os alunos dentro da escola e dos seus processos. Digam o que disserem, a mensagem que passa não é a da valorização do espaço da escola e da relevância dos procedimentos educativos, mas tão só a colocação a um mesmo nível, para não dizer superior, de procedimentos administrativos e de cálculo e da responsabilização absoluta da escola. Esta mensagem que se dá ao aluno e aos encarregados de educação de que pelos seus actos «responderão» principalmente os outros é que não cai bem. A uma problema, a uma oportunidade de inovar, reage-se com alguma confusão; a uma oportunidade de inaugurar novos processos marcados pela preocupação da formação em qualidade e na qualidade, resulta isto.... que só é grave por não sustentar nenhuma orientação segura e estável para a educação. Mas, ... adiante!


Depois de conhecido o resultado da votação final do polémico artigo 22º, não nos apetece dizer mais nada... Aliás, há uma certa ingenuidade em querer ver nesta matéria uma lógica e, para piorar a consideração, à custa ou à sombra da nossa própria lógica. Acreditamos até que uma perspectiva mais irónica é sem dúvida mais saudável e eficaz pela efectiva degradação do tema e do assunto à Terra Prometida do ridículo!
E nessa função, como em tudo na vida, há sempre outros que melhor que nós o fazem. Como aqui!




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