A propósito de Eça de Queirós fomos levados a reflectir sobre o seu tempo para verificar, nessa ponte para o passado, a relevância que tinha na actualidade tudo quanto ele disse. Não desprezamos a sua análise ao seu tempo nem clonamos o seu pensamento. Entre a história que ele viveu e aquela que hoje nos envolve muito se passou, muita água correu no mesmo rio, e inepto seria tudo quanto dizer hoje se possa com as palavras e o sentido com que foram ditas há mais de um século. Naturalmente que se pode fazer crer que o tempo parou para nós e que na sociedade portuguesa não há vislumbre de inovação, não há modo de aparecer algo ou alguém que nos retire desse estado de miséria
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