Não queremos arranjar «bodes expiatórios» para os males, para a violência que divide a nossa sociedade. Que a violência não é só essa feita de muito barulho e com sangue à mistura. Não, de modo nenhum, ela também cresce, daninha, perante os nossos olhos e nos condena à impotência: nas pequenas coisas, nos silêncios impostos por cortesia, nas frases feitas, no politicamente correcto!
Esta imagem não nos fala de violência, mas de muitos males esses sim que violentam e nos deixam tantas vezes com os braços caídos, impotentes, ante uma realidade que, por mais que o tempo passe, nos condena a um retorno ciclico a um tempo que julgavamos realmente passado. Milhares de anos em aguns casos... Mas, é bem verdade, o tempo é uma condição subjectiva, e tudo quanto no presente incomoda uns, remete outros para um conforto absoluto. Um 'conforto' que desconforta outros... mas adiante.
Lembrei há dias uma pequena obra cuja re-leitura recomendo:«Cartilha de um marialva», de José Cardoso Pires...
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