28 julho, 2006


Há determinado tipo de notícias, de reportagem, de citações que são, em bom português 'bem escusadas'. Acabam, no fim, por dar uma imagem errada, se é que esse objectivo não é mesmo o esperado, daquilo a que se referem: além de retirar as referências do seu contexto e garantirem à partida a construção de uma ideia que -- no mais das vezes -- não a conseguem criar no contexto argmentativo em que estas se constróem, acabam por dar uma imagem geral de uma instituição bem diferente daquela para a qual está efectivamente talhada. A última Assembleia não tratou disso a que as notas se referem, de muito mais tratou, nem consistiu em referências soltas como se indicam, como se uma AM se trate de um mero jogo de 'ping-pong'. Já agora, por que razão não aparece o nome do diligente colector de tiradas. Se as vantagens partidárias pretendidas são evidentes na selecção e se tal facto não choca com a orientação programática do jornal (deste e de outros eventais que assim façam), interessa perceber que interesse existe em diminuir a imagem da instituição.
Há gente que se preocupa em estar à altura das responsabilidades, outros, pelos vistos, coexistem incomodados com algo que os seduza para lá do seu conformismo e arrepiam-se com as possibilidades de questionamento... e abertura para a verdade. Umas meras tiradas dizem tudo e não dizem nada, mas nunca dizem a verdade. Honra, porém, lhes seja feita: podem aguçar o apetite para perceber melhor o que por meros indícios se reporta e esclarecer com rigor o que por 'mero acaso' se refere.

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