Passaram ontem 3 anos sobre a invasão do Iraque ( e três anos e quatro dias sobre a encenação das Lages). Não venho desde esse dia carpindo pelo regime de Sadam, 'vade retro', mas tão só deplorando o envolvimento da civilização que prezo -- de liberdade e tolerância, de respeito pela dignidade humana -- numa aventura a todos os níveis escabrosa. Que os pretextos eram uma história mal contada já se percebia pela pressa em 'atirar primeiro e perguntar depois'. Afinal, todo o Ocidente se 'banqueteara' com Sadam e o dito, o tirano, podia ter sido impedido de cumprir a sua saga exterminadora contra a sua própria gente, no seu próprio país. Derrotada na Gerra do Golfo, já tinha há muito feito tudo para horrorizar a gente civilizada e não percebo ainda por que razão não fora destituído, corrido do poder!, quando totalmente derrotado em 91... E com toda a legitimidade!
Venho dando aqui nota dos recuos estratégicos dos envolvidos no processo e que apontam para a enorme fragilidade das provas e, até, para a manipulação desses mesmo elementos que alguns consideraram irrefutáveis e suportes insofismáveis de uma intervenção armada.
Agora foi a vez de Durão Barroso e Martins da Cruz. Batem certo num ponto: a fraqueza das provas. Durão refere: "Tínhamos documentos que nos foram dados. Foi com base nessas informações que tomámos aquela decisão". E, remata, informações que, depois, não foram confirmadas.
O seu Ministro dos N. Estrangeiros de então, não obstante, faria o mesmo com base naqueles pressupostos.
Ética de convicção pura, não há dúvida, que nem os factos, as consequências nefastas e a responsabilidade própria em tanto mal e pressupostos errados fazem vacilar. A quase unanimidade de Martins da Cruz não bate certo com a afirmação de quem era o chefe do governo de então. A Europa estava dividida, conclui Barroso. Aguardam o juízo da história, pois, ...
A distância que dará posteriormente valor e objectividade ao facto só é invocada para poder validar um acto que agora incomoda pela frescura das suas consequências e a evidência do desacerto dos meios utilizados para alcançar os fins que então a História apurar, e desprezar o envolvimento afectivo provocado pela violência diária, a morte quotidiana de tanta gente... que continua a morrer e que nunca terá talvez ouvido falar em «armas de destruição maciça»!
Se os fins não justificam os meios então o que é que os justificam, dizem haver perguntado um dia Estaline!
Venho dando aqui nota dos recuos estratégicos dos envolvidos no processo e que apontam para a enorme fragilidade das provas e, até, para a manipulação desses mesmo elementos que alguns consideraram irrefutáveis e suportes insofismáveis de uma intervenção armada.
Agora foi a vez de Durão Barroso e Martins da Cruz. Batem certo num ponto: a fraqueza das provas. Durão refere: "Tínhamos documentos que nos foram dados. Foi com base nessas informações que tomámos aquela decisão". E, remata, informações que, depois, não foram confirmadas.
O seu Ministro dos N. Estrangeiros de então, não obstante, faria o mesmo com base naqueles pressupostos.
Ética de convicção pura, não há dúvida, que nem os factos, as consequências nefastas e a responsabilidade própria em tanto mal e pressupostos errados fazem vacilar. A quase unanimidade de Martins da Cruz não bate certo com a afirmação de quem era o chefe do governo de então. A Europa estava dividida, conclui Barroso. Aguardam o juízo da história, pois, ...
A distância que dará posteriormente valor e objectividade ao facto só é invocada para poder validar um acto que agora incomoda pela frescura das suas consequências e a evidência do desacerto dos meios utilizados para alcançar os fins que então a História apurar, e desprezar o envolvimento afectivo provocado pela violência diária, a morte quotidiana de tanta gente... que continua a morrer e que nunca terá talvez ouvido falar em «armas de destruição maciça»!
Se os fins não justificam os meios então o que é que os justificam, dizem haver perguntado um dia Estaline!
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