25 janeiro, 2006

Ponto 1.

A escolha de um presidente não é o momento de afirmação de um qualquer movimento de cidadania. É apenas e só o momento da afirmação da própria cidadania, a de cada um, aquela que se produziu num passado e que aspira a realizar-se nas melhores condições possíveis! E estas condições, as da realização de cada um, são de natureza política e ideológica, e de natureza moral apenas e só na medida em que cada escolha releva de uma avaliação da consistência, coerência, verdade, autenticidade... das propostas e dos proponentes. Vir a terreiro propor a discussão transcendental do exercício da política quando muito estava em jogo, não foi um erro de "casting", mas a afirmação, no modo como aconteceu, de muito mais do que aquilo que estava em questão. A própria tentativa de objectivar os valores que se entrecruzam na actividade política é um erro grosseiro de análise com nefastas consequências. São as propostas, as medidas, as atitudes, o que se fez ou não fez e o que se propõe fazer que é objectivo, que é passível de análise, porque disponível à inteligência e à compreensão de todos. Só esta disponíbilidade permite o confronto e a percepção dos reais valores em jogo, só este discurso informa e convence. E afasta as pessoas da política, também, pois claro, mas apenas e só na medida em que nesse discurso se objectivem apenas os piores valores e se erija ou identifique a política em 'tão péssimos' fundamentos.

4 comentários:

Anónimo disse...

É óbvio que o meu caro amigo deve andar a ler PROUST ou ANTERO DE QUENTAL pois que duvido que para si a duvida, nem sequer é, mas passa a ser como que a realidade passiva da mescla das ideias do supra ego.
Se não o afirmo quase que o desejaria,os seus devaneios literários quase o levam ao climax, sem o conseguir atingir, tendo como efeito pernicioso uma má
gestação e como tal algo prematuro, em que não se vê nem sequer revê.
GENESE PORTUGUESA.( PRÓCERE )

Anónimo disse...

É óbvio que o meu caro amigo deve andar a ler PROUST ou ANTERO DE QUENTAL pois que duvido que para si a duvida, nem sequer é, mas passa a ser como que a realidade passiva da mescla das ideias do supra ego.
Se não o afirmo quase que o desejaria,os seus devaneios literários quase o levam ao climax, sem o conseguir atingir, tendo como efeito pernicioso uma má
gestação e como tal algo prematuro, em que não se vê nem sequer revê.
GENESE PORTUGUESA.( PRÓCERE )

N.P. disse...

Caro comentador, faça um esforço e desça desse assento judicativo a que subiu e explique aos mortais o que disse. Deixe em paz Proust e Antero (há de ler Antero, recomendo-o vivamente) e troque por miúdos as sentenças que tão judicosamente elaborou as conclusões que tão capciosamente obteve. Depois de tornar inteligível aquilo que só para si neste momento o é, talvez concorde consigo nos pontos onde demonstre a minha opinião (opinião, ouviu bem!) estar errada, que quanto à dúvida faço dela companheira inseparável e não a deixo prostituir nesse terreno de 'psicanalismo' pedante onde V. Ex. cia tão ligeiramente goza dela!

Um abraço de fraterna discordância,
N. P.

N.P. disse...

«[...] troque por miúdos as sentenças que tão judicosamente elaborou, as conclusões que tão capciosamente obteve [...]»