Pena é que os bons exemplos não se multipliquem como os maus. Não são reprodutivos, como o deviam ser. A razão prende-se com o facto de que as actividades verdadeiramente produtivas, eivadas de um efeito potenciador da qualidade de vida e de emancipação, por força do aumento real dos rendimentos e da diminuição da penosidade do trabalho agrícola, não são acarinhadas por quem sobrevive à custa da perpetuação de estruturas rançosas e decrépitas que «organizam» a maioria das nossas sociedades rurais.
Lembro a «tirada» de um alto responsável da agricultura de Barroso -- alto-responsáve, fez-se, tomou ares, de «enorme responsável -- que, aquando de uma conversa descomprometida sobre a realidade agrícola de Montalegre e perante a solução de alguns problemas que emperravam a explosão da rendibilidade de alguns produtos autóctones --perante a necessidade do emparcelamento, respondeu, não sem algum desplante e «braços-caidismo», que «emparcelamento, é feito pelas giestas». Pode ter as suas razões, legítimas como não podia deixar de ser, para fazer o que fez -- i. é, não fez --, mas a verdade impõem-se sempre para lá das tiradas circunstanciais. Este exemplo tirada do JN de hoje, 9 de Novembro, é a prova de que alguém pensa para lá das circunstâncias e dos humores do momento e rompe com a ancestralidade das ideias e das estruturas que acantonam os agricultores na plena dependência que interessa apenas a alguns, e prepara o caminho para a perpetuação, na autonomia e liberdade, dos seus patrícios na sua terra quando querem viver da e na terra em que nasceram.
Esse, o do emparcelamento pelas giestas, teve a resposta que merece.
Lembro a «tirada» de um alto responsável da agricultura de Barroso -- alto-responsáve, fez-se, tomou ares, de «enorme responsável -- que, aquando de uma conversa descomprometida sobre a realidade agrícola de Montalegre e perante a solução de alguns problemas que emperravam a explosão da rendibilidade de alguns produtos autóctones --perante a necessidade do emparcelamento, respondeu, não sem algum desplante e «braços-caidismo», que «emparcelamento, é feito pelas giestas». Pode ter as suas razões, legítimas como não podia deixar de ser, para fazer o que fez -- i. é, não fez --, mas a verdade impõem-se sempre para lá das tiradas circunstanciais. Este exemplo tirada do JN de hoje, 9 de Novembro, é a prova de que alguém pensa para lá das circunstâncias e dos humores do momento e rompe com a ancestralidade das ideias e das estruturas que acantonam os agricultores na plena dependência que interessa apenas a alguns, e prepara o caminho para a perpetuação, na autonomia e liberdade, dos seus patrícios na sua terra quando querem viver da e na terra em que nasceram.
Esse, o do emparcelamento pelas giestas, teve a resposta que merece.
« monção
Gadanha emparcelado
agricultura Um total de 1627 hectares, pertencentes a cinco freguesias serão afectados Garantido que todas as parcelas de terreno terão possibilidade de fazer duas culturas anuais
arquivo jn |
Terras altas do Minho ultrapassam tradição das pequenas parcelas e alargam área de cultivo |
Oemparcelamento agrícola do Vale do Gadanha, que engloba as freguesias de Pinheiros, Pias, Moreira e Barroças e Taias, conheceu um novo impulso rumo à sua concretização que, entre outros aspectos, vai permitir a junção e revitalização agrícola de 1627 hectares naquelas quatro freguesias do concelho de Monção. Até ao final do mês, o estudo de impacto ambiental referente a Pinheiros e Pias, com uma área de 1145 hectares pertencente a cerca de 1504 proprietários, encontra-se em consulta pública. A área referente a Moreira e Barroças e Taias, considerando a sua dimensão (482 hectares e 1147 proprietários), não necessita, de acordo com a legislação respectiva, de avaliação de impacto ambiental.
Para o presidente da Câmara de Monção, José Emílio Moreira, os projectos de emparcelamento são vistos como "um contributo fundamental para a modernização do sector agrícola no concelho" que resultará "na elevação da qualidade de vida dos agricultores e na dinamização e rentabilização dos circuitos comerciais ligados ao mundo rural".
O autarca considera ainda que a efectivação destes projectos fundiários permitirá a "fixação da população ao meio rural, minimizando a sangria desertificadora vigente em regiões afastadas dos grandes centros urbanos".
Realça igualmente o ordenamento agrícola e florestal com evidentes benefícios para os utilizadores.
Sonho vem da década de noventa
Os referidos projectos, aprovados no âmbito da acção 5 "Gestão de Recursos Hídricos e Emparcelamento - Medida Agris", do Programa Operacional da Região Norte, representam uma velha aspiração dos agricultores do Vale do Gadanha, cujo primeiro pedido de reconversão rural remonta a meados da década de noventa do século passado. Ao redimensionamento físico das explorações agrícolas, a beneficiação da rede viária rural, a valorização dos sistemas de drenagem e do ordenamento cultural, além da possibilidade de fazerem duas culturas anuais, uma no Outono-Inverno e outra na Primavera-Verão.»
1 comentário:
Caro Nuno,
Concordo, como não podia deixar de ser, com a ideia do emparcelamento para o desenvolvimento da agicultura... Temos é que ter consciência que o grande e determinante impulso deverá ser dado pelas instâncias do poder, no sentido de consciencialização e de organização. Seria, como o é em outras regiões, uma possível acção, a que podiam juntar-se outras...
Saudações.
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