Terá passado despercebido, quem sabe!, o panfleto da edilidade alertando os munícipes para a necessidade de «terem mais respeito pelo meio ambiente». Será certamente meritório este apelo ambientalista, mas deixa bem patente uma verdade mais dura: a gritante desproporção entre o custo dos serviços e a participação dos mesmo munícipes -- via tarifas -- no pagamento desse bem de que dispõem. Igual constatação se fará se confrontados os custos com as receitas de outros serviços, denunciando-se aí, sem margem para dúvida, o enorme saldo negativo.
Não se defende a necessidade de adequar os tarifários ao custo efectivo dos serviços. Fazê-lo seria, aliás, um acto de elementar justiça social, ficando a cargo da autarquia o pagamento dos serviços aos munícipes de menores posses, mas a realidade é bem mais complexa do que estes esquemas comportam e não há dúvida que esta desproporção terá vindo para ficar.
Mas a verdade é que estes aspectos não se discutem quando, é bom de ver, o pagamento destes serviços que todos fazem acabar na prática por beneficiar alguns. No caso do saneamento, por exemplo, alguns pagam, via orçamento, o serviço que não lhes é prestado...
Entretanto, o grande tema do momento parece o exposto numa reportagem da SIC que expôs uma monumental asneira. Monumental, mas rançosa, porque ciclicamente é "agigantada" por quem não parece ter mais nada para dizer. Que se denunciem as asneiras, evidentemente que é fundamental, mas andar meia dúzia de anos a falar na mesma coisa, como se a conversão em "caso nacional" aumentasse as suas razões, é obra! Parece que a oposição se tornou um grupo de causas, esquecendo que os problemas se resolvem e as alternativas se constroem com assertividade. É que quem tem alguma percepção sobre a complexidade da vida autárquica, das suas limitações e problemas, não consegue vislumbrar que alternativas, que soluções para esses problemas estão em confronto e é levado a crer que este foco de luz tão intensamente lançado sobre essa "quimera" oculta de facto o vazio que por esses lados impera. Mas em boa verdade não será a esses que estes esforços de visibilidade pretendem seduzir, que esses bem vão vendo que as alternativas não são superiores à asneira denunciada.
Não se defende a necessidade de adequar os tarifários ao custo efectivo dos serviços. Fazê-lo seria, aliás, um acto de elementar justiça social, ficando a cargo da autarquia o pagamento dos serviços aos munícipes de menores posses, mas a realidade é bem mais complexa do que estes esquemas comportam e não há dúvida que esta desproporção terá vindo para ficar.
Mas a verdade é que estes aspectos não se discutem quando, é bom de ver, o pagamento destes serviços que todos fazem acabar na prática por beneficiar alguns. No caso do saneamento, por exemplo, alguns pagam, via orçamento, o serviço que não lhes é prestado...
Entretanto, o grande tema do momento parece o exposto numa reportagem da SIC que expôs uma monumental asneira. Monumental, mas rançosa, porque ciclicamente é "agigantada" por quem não parece ter mais nada para dizer. Que se denunciem as asneiras, evidentemente que é fundamental, mas andar meia dúzia de anos a falar na mesma coisa, como se a conversão em "caso nacional" aumentasse as suas razões, é obra! Parece que a oposição se tornou um grupo de causas, esquecendo que os problemas se resolvem e as alternativas se constroem com assertividade. É que quem tem alguma percepção sobre a complexidade da vida autárquica, das suas limitações e problemas, não consegue vislumbrar que alternativas, que soluções para esses problemas estão em confronto e é levado a crer que este foco de luz tão intensamente lançado sobre essa "quimera" oculta de facto o vazio que por esses lados impera. Mas em boa verdade não será a esses que estes esforços de visibilidade pretendem seduzir, que esses bem vão vendo que as alternativas não são superiores à asneira denunciada.
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