Não há nada pior na defesa de algo ou alguém que a argumentação que não escapa às mais simples evidências. Ninguém causa maior mossa a uma política que os erros cometidos por quem, de uma forma acrítica, se propõe à sua defesa sem o mínimo de coerência. Vemos uma reforma educativa a ser trucidada por questões laterais, erros de pormenor e uma certa azáfama de "barata tonta" de alguns governantes e da sua guarda pretoriana. Já começa a fazer sentido a postura de silêncio de Manuela Ferreira Leite: estando caladinha, quietinha no seu lugar, é mais visível a asneira, mais eficaz o silêncio que qualquer intervenção.
Ver Vital Moreira a retirar " crédito à retórica sindical sobre o emprego e a remuneração dos professores entre nós..." apontando um notícia do JN, só pode estar a brincar. De facto, um professor por cada oito alunos é um rácio de luxo e podemos com toda a razão concluir que muito se gasta com os professores. Contudo, se lesse a notícia com algum cuidado, concluiria que há algo que não bate certo. Como pode ser que haja o rácio mais baixo, 1 para 8, e seja o país onde o número de alunos por turma se aproxima da média. Diz a notícia
Não se faz nenhum bem à educação nem à imagem do governo -- os professores parece que não contam para ele -- fazer juízos fundados em elementos quantitativos tão superficiais. Os problemas da educação exigem um processo de reflexão complexo e apoiado em elementos de natureza qualitativa. E já agora, uma inteligência que perceba o sistema na sua complexidade para poder indicar com mais rigor onde se esgotam os recursos e se perde eficácia. Aliás, apelando para tal "autoridade",
Ver Vital Moreira a retirar " crédito à retórica sindical sobre o emprego e a remuneração dos professores entre nós..." apontando um notícia do JN, só pode estar a brincar. De facto, um professor por cada oito alunos é um rácio de luxo e podemos com toda a razão concluir que muito se gasta com os professores. Contudo, se lesse a notícia com algum cuidado, concluiria que há algo que não bate certo. Como pode ser que haja o rácio mais baixo, 1 para 8, e seja o país onde o número de alunos por turma se aproxima da média. Diz a notícia
"No entanto, estes bons rácios de professor por aluno não encontram um paralelo na dimensão das turmas, onde Portugal ocupa um lugar mediano com 18,6 alunos por cada turma no Ensino Básico e 22,5 alunos no 2.º Ciclo. Refira-se, por exemplo, que a Suíça, com apenas um professor para cada 12 alunos no Secundário, consegue ter turmas de apenas 19 alunos."
Não se faz nenhum bem à educação nem à imagem do governo -- os professores parece que não contam para ele -- fazer juízos fundados em elementos quantitativos tão superficiais. Os problemas da educação exigem um processo de reflexão complexo e apoiado em elementos de natureza qualitativa. E já agora, uma inteligência que perceba o sistema na sua complexidade para poder indicar com mais rigor onde se esgotam os recursos e se perde eficácia. Aliás, apelando para tal "autoridade",
"Portugal é o terceiro país onde os professores mais ensinam: 60% do tempo total na Primária e 50% no Secundário."