A saída do Ministro da Saúde não permitiu apenas pacificar as hostes -- independentemente de marcar, eventualmente, o fim de uma reforma -- mas contribuiu para que a política ganhasse extensão, e tudo quanto se escondia ante o mediatismo das consequências de certas medidas pode agora mais facilmente merecer a atenção de todos quantos têm páginas de jornais para preencher, espaço televisivo para ocupar.
De outra forma não ganharia importância a intenção da Senhora Ministra da Educação de se fazer pertencer ao um tal C. Científico da Avaliação e de ser do dito a Presidente! Claro que nada de mal vem ao mundo, até porque relativamente à classe docente reina o maior extremismo: aqueles para quem certos desmandos são ainda coisa pouca e todos quantos percebem que com tais desmandos não vai ninguém a lugar nenhum. Mas a verdade é só uma: é mais uma achega nesse inexorável percurso político para quem a política educativa só tem sentido apenas e só se preenchida pela sua pessoa, como se tudo o resto fosse o caos e a desordem...
Estas ideias ou intenções estão em linha com uma curta tradição, curta em todo o sentido! Não vamos manifestar que se trata de uma promessa não cumprida, não, antes uma promessa que se cumpre, mas mal. Esta ideia que vai ganhando espessura de que «isto só anda tendo à frente um capataz» é que não parece ter cobertura pelas bases programáticas do partido que suporta o Governo.

Ou tem?

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