Não podemos estar mais de acordo com a conclusão do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Montalegre quanto ao rumo que tem tomado o congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes. De facto, as imagens que daí nos vem não autorizam outra coisa que não sejam as considerações negativas que sobre esse evento se devam tecer. De medicina popular o evento tem muito pouco, ou coisa nenhuma, vindo antes à retina de todos, até dos mais distraídos, as manifestações, relativizadas, bem sabemos, pelos meios de comunicação, de uma confrangedora pobreza e vazio, denunciando a mais que evidente falência de conteúdos e objectivos. Nem a romaria pura e simples de todos quantos exploram ou são chamados a ele pelo exotismo que hoje envolve o dito congresso justifica a sua manutenção.
Não queremos com isto desdizer, diminuir ou apenas candidamente «dizer mal» de todos quantos têm dado o seu melhor para a sua realização, mas a verdade é que é chegado o momento de fazer dessa manifestação cultural -- que pretende ser, pensamos -- isso mesmo: o espaço onde pode e deve vir à luz pela discussão sábia e descomprometida a riqueza que práticas ancestrais e igualmente sábias possuem e podem ainda trazer muito saber e utilidade aos tempos presentes. Do modo que está é que não realiza nada disso...
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