Reflexos.

Esta imagem não será, certamente, novidade para ninguém, Trata-se, afinal, da posição de um destacado militante do partido e, não obstante a sua notoriedade, não passa disso no actual contexto em que as vozes discordantes estão temporariamente condenados a uma congelação. Pode ser que o tempo as aqueça e as razões de hoje se revelem mais operativas no futuro.
Nada de ora em diante será igual no panorama político, independentemente de o modo de operar do novo líder se encostar à sua costela mais populista ou a uma oposição de qualidade. Pode acontecer até que o maior problema e cuidado se tenha que orientar para a unidade do partido, uma vez que a vitória não foi nem expressiva nem apoiada num processo isento de reparos e críticas quanto à sua transparência e nível de participação. Mas, inquestionavelmente, muitas reconfigurações se vão fazer nas estratégias das diferentes forças políticas, e também nas do partido que suporta o geverno, sem que, por força do «estado de graça» que de graça se dá a qualquer neófito, daqui resulte uma mais valia ou vantagem para o novo líder.