Corre por aí com algum «alarido» o conteúdo de uma entrevista de Saramago na qual ele prevê, a prazo, a dissolução de Portugal na Pátria espanhola. Não nos interessa esta discussão que é aliás tão velha quanto o é Portugal, e tem tido ao longo dos tempos, e em datas bem precisas, aflorações mais ou menos dramáticas quanto parvas ou ideologicamente bem baptizadas.
Se a uns o sabor da sua Pátria se vem perdendo ou as raízes e identidade vão fenecendo, em todo o caso nos parece que o mais das vezes o motivo de tais ditos não passa de desabafos de circunstância, alicerçados numa confusão entre a Nação e o governo da Nação. Pelo menos é esse o contexto em que assistimos a vatícinios ou desejos dessa natureza, como conclusão lógica, pensa assim quem tal coisa diz, de um estado de coisas em que mais que o arreganho e apelo a energias próprias se denuncia a míngua de coragem e a certeza que a sua própria razão de ser se funda no acaso ou na má sorte de ser português. Fatalismo.
Entretanto, outros argumentam ao contrário, indiciando que a história aponta para a fragmentação e reforço de identidades regionais, e que é bem mais seguro a Espanha perder alguma das Nações que a compõem que tender para um percurso aglutinador. Somos levados a concordar.
Entretanto vamos deixando que nos tratem como se no cerne da identidade nacional esteja essa comiseração e fatalismo de quem pensa que somos feitos para pouco mais que servir e que mais que reagir importa desejar o capataz que nos «subjugue» à vontade alheia.
Se a uns o sabor da sua Pátria se vem perdendo ou as raízes e identidade vão fenecendo, em todo o caso nos parece que o mais das vezes o motivo de tais ditos não passa de desabafos de circunstância, alicerçados numa confusão entre a Nação e o governo da Nação. Pelo menos é esse o contexto em que assistimos a vatícinios ou desejos dessa natureza, como conclusão lógica, pensa assim quem tal coisa diz, de um estado de coisas em que mais que o arreganho e apelo a energias próprias se denuncia a míngua de coragem e a certeza que a sua própria razão de ser se funda no acaso ou na má sorte de ser português. Fatalismo.
Entretanto, outros argumentam ao contrário, indiciando que a história aponta para a fragmentação e reforço de identidades regionais, e que é bem mais seguro a Espanha perder alguma das Nações que a compõem que tender para um percurso aglutinador. Somos levados a concordar.
Entretanto vamos deixando que nos tratem como se no cerne da identidade nacional esteja essa comiseração e fatalismo de quem pensa que somos feitos para pouco mais que servir e que mais que reagir importa desejar o capataz que nos «subjugue» à vontade alheia.
2 comentários:
o sol lá em espanha anda a queimar as ideias ao saramago, bem o homem é comunista nao se pode esperar muito, alem de ser bom escritor.
se fizessemos parte de espanha o que seria de nós entao, seriamos sempre os ciganos portugueses ou os pobres galegos onde o governo central de madrid deposita a porcaria toda, para nao dizer que a espanha nao existe, mas está bem.
concordo contigo que isto é mesmo um desabafo como muita gente tem, é mais uma critica aos sucessivos governos, nos somos os verdadeiros amantes da bandeira portuguesa porque é bonita, se não nem isso eramos, é a cultura que temos, em vez de se trabalhar choramos sempre, mas da maneira que isto anda enfim, mas porra nao ha guerras neste país nao ha catastrofes ambientais, somos os nossos maiores inimigos mesmo.
mas gostamos de ser.
En España hay nacionalidades, no naciones entendidas como pais nacional. En cuanto a que España se disgregara permiteme que lo dude, Cataluña quiere mas competencias, como casi todas las regiones, el hecho de desconer la descentralizacion os hace equivocar las cosas. Incluso en el caso del Pais Vasco es minoris quien quiere la independencia, y ahi estan las estadisticas. Por cuerto, Galicia no es la region mas pobre de España, es la 3 o 4 en la cola, pero no la ultima. Por cierto que alguien de una opinión (es libre de hacerlo) no debe implicar como se hace un muchas páginas que estoy viendo portuguesas el insulto o crítica injustificada hacia España. Tampoco los españoles quieren esa union, es algo que ni se plantea nadie, para eso ya estamos en la UE que es donde debemos desarrollarnos.
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