Vila da Ponte, Maio de 2007
Certas imagens são incontornáveis na memória. São do passado, mas não se cingem a essa nesga de tempo que se estreita, não são meros índices que se esvaem à medida que aumenta a idade, a experiência e as expectativas mais pragmáticas. Um monte de estrume remete-nos sempre para a infância e vemos nessas memórias as memórias de outros que antes de nós percorreram o mesmo espaço e lançaram com um olhar na terra por lavrar as sementes que haveriam de preencher a esperança de pão. Tempos minguados e de miséria, pelo que nos contam, mas tempos que nos desafiam no presente a lançar sobre essas mesmas terras, mil vezes rasgadas pelo arado, a mesma ânsia de pão...
Em outros lugares há sempre um trabalho à espera de alguém e vão ficando os que resistem aos apelos de outras terras, de outros lugares e afazeres. Mas estas terras, estas técnicas são hoje aqui e nesses lugares, a diferença, e o espaço que há que percorrer com outra ambição e outros projectos!
Em outros lugares há sempre um trabalho à espera de alguém e vão ficando os que resistem aos apelos de outras terras, de outros lugares e afazeres. Mas estas terras, estas técnicas são hoje aqui e nesses lugares, a diferença, e o espaço que há que percorrer com outra ambição e outros projectos!
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