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Caro Vitor Laiginhas,
Que lhe tenhamos dado a ferroada (e essa metáfora das ‘vacas’, do ‘aguilhão’, do ‘jugo’, tem a sua marca ‘existencial’, vivida, não é?, que concluindo ficar-lhe bem primeiro a si conluiu que nos caberia à justa por força) no ponto essencial é evidente, a sua resposta automática, pavloviana, é a prova do nosso sucesso. Depois, a qualidade da metáfora que nos arremete é a prova suplementar da razoabilidade de tudo quanto lhe dissemos, está ao nível de uma inteligência, aquela mesma que não foi capaz de elaborar um argumento à altura para denunciar a falência do que dizemos, a incoerência que denúncia
Naturalmente que dormiu esta noite descansado pela tirada baixa que utilizou, gozando concupiscente e solitário mais um entalhe na coronha do seu «revólver», mas continua por provar a quem o lê que tem uma ideia do assunto sobre o qual, esbaforido, arremeteu sem pensar! E que provaria a falência de tudo quanto em nós contesta. Factos, ideias, erros superam-se dialecticamente, nunca com piadas de caserna! Podia descer ao seu nível e retorquir-lhe apenas: Só no Ribatejo é que os touros arremetem sobre um pano que mexe!, mas não o dizemos, apenas por consideração – e coerência! -- por nós próprios… e pelo touro.
Talvez perceba assim que nunca fomos lobo com «pele de cordeiro», mas tão só ‘lobo’ – animal que muito estimamos e prezamos --, e só quem não tem ideia nenhuma sobre a pessoa a quem se refere pode estar seguro e vaidoso com a primeira frase feita que regurgita.
Situe-se, ponha-se no seu lugar e caia na realidade: não são as suas verborreias que nos incomodam, nem as suas tiradas nos levam a imitá-lo, porque nos aborrece apenas e só a hipocrisia e a cegueira de quem denuncia no outro a falência que não consegue detectar
Em Barroso, quem salta quando é picado por um agulhão, são as "bacas" quando levam um jungo à cabeça.
Sábado, 14 Outubro, 2006
Em Barroso, quem salta quando é picado por um aguilhão,são as "bacas" quando levam um jungo à cabeça.
Sábado, 14 Outubro, 2006»