Em Abril, dia 3, colocamos o post que segue. Na altura apontávamos para a realização de eventos que iriam dinamizar a região, incutindo no seu quotidiano e economia uma mais valia que cada vez mais não é de desprezar e que mais que rivalizar com as ocupações tradicionais pode, dizemos ‘pode’, complementar e rejuvenescer a economia local.
Falamos de apostas, de iniciativas e investimentos que foram então desvalorizados por não coincidirem com uma lógica instalada na sociedade e nos seus líderes dela produtos. Os resultados estão à vista e não se trata de uma revolução, mas de uma mutação (demasiado) lenta das mentalidades e, fundamentalmente, do tipo de oportunidades. Não é a salvação de nada nem de ninguém, mas a prova de que as economias se têm que aproximar de um patamar de qualidade e de gosto que em muito escapam aos horizontes de valor herdados e que satisfazendo muito boa gente em nada contribuem para a actualização das estruturas económicas e para o rejuvenescimento geracional.
Por não querermos repetir o essencial …
«03 Abril 2006
Uma passagem rápida pelo sítio na Internet da Câmara Municipal de Montalegre revela-nos um Verão cheio de eventos desportivos. De 19 de Julho a 5 de Agosto o parapente faz convergir para o Larouco gente de várias nações a par daqueles que, cá da casa, não deixarão passar esta oportunidade de apreciar um desporto que agrada sem dúvida a quem o pratica mas também a todos quantos se sentem seduzidos pelo colorido e arrojo deste desporto. Se a isto juntarmos as festividades e outras iniciativas de referência regional e nacional encontramos nestas manifestações uma importante fonte de receita que não se pode desprezar. É que não são só as belezas de Montalegre que servem de pretexto para uma visita e, por via disto, o suporte de uma indústria hoteleira fundamental para a auto-suficiência económica, mas, fundamentalmente (e tão importante como isso), a existência de uma animação que mais do que trazer gente as obrigue a permanecer, a gastar o tempo e o dinheiro na fruição de uma terra limpa e arejada e animada. E quanto se junta a animação a uma terra de qualidade o sucesso é garantido. Por quanto tempo? Pelo tempo que os investidores de Montalegre o desejarem, ao não darem cabo da ‘galinha dos ovos de oiro’ pela pressa no retorno do investimento ou tão só pela pressa em fazer fortuna.
Que o fumeiro de qualidade não perdura para lá disso, é bem verdade, urgindo as iniciativa de auto regulação de modo a preservar um ‘nome’ ligado a ‘qualidade’. O Fumeiro, o parapente, as caminhadas, a caça, a pesca e tantas outras iniciativas e valores a explorar não são em si mesmo nada se a elas não for ligado o profissionalismo e a qualidade do serviço a prestar àqueles que se aprestam a visitar Montalegre. Não custa nada destruir aquilo que custou imenso a pôr de pé; não se admite que aquilo que tem ou teve sucesso não evolua positivamente para novos formatos atraindo outros públicos e ampliando o leque de oferta de animação e produtos reforçando essa colecta de riqueza que interessa e da qual as populações vivem. O profissionalismo gera em si mesmo riqueza, mais valias importantes pela captação e fixação de recursos humanos cada vez mais qualificados.
Leve-se, pois, o nome de Montalegre a França que daí virá o reforço da imagem e o aumento da confiança nas capacidades da região; que Montalegre e o Larouco sejam reconhecidos na Holanda, na Grã-Bretanha pela Galiza fora, só pode reverter em vantagens de vária ordem; que as serras e os rios sejam apontados como espaços de enorme prazer lúdico e desportivo só pode aumentar o valor da região e coloca-la na rota de um turismo de qualidade mas exigente; mas que daqui e com isto se garanta também a perseverança do seu nome pela qualidade reconhecida do serviço que se prestou. E esta obrigação remete para cada um, a não ser que um qualquer ‘el Dourado’ cintile já na mente de alguns que se dêem ao luxo de vituperar estas riquezas de agora.»
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