I.
Assuntos há sobre os quais não tenho que pedir a bênção a ninguém para poder falar, ter opiniões. E, quando isso achar por bem, assiste-me o direito de expor com perfeita transparência e liberdade aquilo que me ocorre como certo e justo. Não significa um automático acerto ou originalidade naquilo que se diz, mas tão só a possibilidade de outros, querendo, poderem reavaliar, face à eventual precipitação ou desacerto do que penso, aquilo que eles próprios pensam e acham como justo e certo. Deste normal fluir de opiniões -- umas mais acertadas que as outras -- acontece a cidadania plena e o inquestionável desenvolvimento humano por força da maior exigência que cada um a si coloca e, por via disso, coloca ao poder e a quem nos governa.
Não é, por isso, o recurso ao lugar comum e aos jargões que perderam há muito o valor explicativo dos termos que usam, que serve de argumento para desmontar outros argumentos com a marca pessoal do seu autor e retirar crédito à postura e à pessoa. Pessoalmente, superei há muito esses «medos», e continuo a acreditar nessa imensa possibilidade que é a liberdade de poder, no elementar respeito à justiça que a todos nos iguala, participar na definição de problemas e decisões, na denúncia de problemas e decisões e de poder discordar de quem quer que seja sempre que a autonomia da razão e a autarquia do projecto de vida próprio assim o ditem.
Porque achar presunção querer participar, juntar ideias àquelas que outros juntam e pensar que é possível sempre fazer melhor, deixar este mundo um pouco melhor àqueles que cá ficam, então, sim, é presunção, mas presunção altiva porque responsável de quem pensa que o que nos cerca só melhora com a vontade de todos e de cada um e, muitas vezes, vezes demais, contra quem explora e só sobrevive na fraqueza e fragilidade do outro.
Há muito que aqui deixei algumas ideias, mal alinhavadas, talvez, pouco originais, é possível, ineficazes ou improcedentes, temos que ver, mas elas estão aí apenas para isso mesmo, para que a discussão que tem tardado possa também neste espaço acontecer e a sociedade, as forças vivas, possam, noutro espaço com maior dignidade, aceder a um projecto -- restrito certamente ao indispensável -- que permita avaliar posturas políticas e aferir o valor de propostas que, por vezes como atoardas puras, acontecem. Não tenho a presunção de que as aceitem e gostaria imenso que as contraditassem. No fim, teria cumprido a minha missão: que alguém assumisse publicamente a alternativa que transparece em muito daquilo que apressadamente querem negar. E não consideraria presunçoso quem assim fizesse, apenas parceiro de um projecto que se afere pelos resultados. As ideias não valem por ser de quem são (porque não há ideias impessoais), não é a paternidade que está em jogo nesta presunção, mas valem pelo facto de serem capazes de gerar a discussão essencial à qual muitos deliberadamente faltam depois de muito a pedirem. Recurso de última hora, desculpa de «cábulas»...
Eu não falto ao debate diário! e se vontade alguém tem de de mim discordar ou revelar a nulidade do seu conteúdo, faça favor, diga, aponte o erro e a alternativa, mas não «argumente» com lugares comuns e ditos populares que se invocam sempre que têm falta de ideias, razão e moral!
Assuntos há sobre os quais não tenho que pedir a bênção a ninguém para poder falar, ter opiniões. E, quando isso achar por bem, assiste-me o direito de expor com perfeita transparência e liberdade aquilo que me ocorre como certo e justo. Não significa um automático acerto ou originalidade naquilo que se diz, mas tão só a possibilidade de outros, querendo, poderem reavaliar, face à eventual precipitação ou desacerto do que penso, aquilo que eles próprios pensam e acham como justo e certo. Deste normal fluir de opiniões -- umas mais acertadas que as outras -- acontece a cidadania plena e o inquestionável desenvolvimento humano por força da maior exigência que cada um a si coloca e, por via disso, coloca ao poder e a quem nos governa.
Não é, por isso, o recurso ao lugar comum e aos jargões que perderam há muito o valor explicativo dos termos que usam, que serve de argumento para desmontar outros argumentos com a marca pessoal do seu autor e retirar crédito à postura e à pessoa. Pessoalmente, superei há muito esses «medos», e continuo a acreditar nessa imensa possibilidade que é a liberdade de poder, no elementar respeito à justiça que a todos nos iguala, participar na definição de problemas e decisões, na denúncia de problemas e decisões e de poder discordar de quem quer que seja sempre que a autonomia da razão e a autarquia do projecto de vida próprio assim o ditem.
Porque achar presunção querer participar, juntar ideias àquelas que outros juntam e pensar que é possível sempre fazer melhor, deixar este mundo um pouco melhor àqueles que cá ficam, então, sim, é presunção, mas presunção altiva porque responsável de quem pensa que o que nos cerca só melhora com a vontade de todos e de cada um e, muitas vezes, vezes demais, contra quem explora e só sobrevive na fraqueza e fragilidade do outro.
Há muito que aqui deixei algumas ideias, mal alinhavadas, talvez, pouco originais, é possível, ineficazes ou improcedentes, temos que ver, mas elas estão aí apenas para isso mesmo, para que a discussão que tem tardado possa também neste espaço acontecer e a sociedade, as forças vivas, possam, noutro espaço com maior dignidade, aceder a um projecto -- restrito certamente ao indispensável -- que permita avaliar posturas políticas e aferir o valor de propostas que, por vezes como atoardas puras, acontecem. Não tenho a presunção de que as aceitem e gostaria imenso que as contraditassem. No fim, teria cumprido a minha missão: que alguém assumisse publicamente a alternativa que transparece em muito daquilo que apressadamente querem negar. E não consideraria presunçoso quem assim fizesse, apenas parceiro de um projecto que se afere pelos resultados. As ideias não valem por ser de quem são (porque não há ideias impessoais), não é a paternidade que está em jogo nesta presunção, mas valem pelo facto de serem capazes de gerar a discussão essencial à qual muitos deliberadamente faltam depois de muito a pedirem. Recurso de última hora, desculpa de «cábulas»...
Eu não falto ao debate diário! e se vontade alguém tem de de mim discordar ou revelar a nulidade do seu conteúdo, faça favor, diga, aponte o erro e a alternativa, mas não «argumente» com lugares comuns e ditos populares que se invocam sempre que têm falta de ideias, razão e moral!
2 comentários:
Faz a festa deita os foguetes e apanha as canas?!.
Permita-me, caro anónimo, que manifeste uma ligeira discordância; não estou só nesta festa porque V. Ex cia assiste à cena e não deixa a ninguém esquecer esse facto. Morreria de pânico se os outros o não soubessem participante e é para os outros que regurgita frase tão lapidar. Não me parece, por isso, que V. Ex cia douta pessoa seja. Essa característica manifesta-se por actos e não vejo aqui manifesto qualquer produto de inteligência mínima no comentário que fez ao que eu disse; assiste, por isso, ao 'fazer da festa' como cão/cadela rafeiro(a) que se esconde em pânico ao estralejar dos foguetes. E como coisa não mui sua, que aponto uma dúzia com igual postura, vai de esconder o não-pensar pelo recurso a um lugar comum. Deve ser isso que pulula aflitivo no seu cérebro e V. Ex cia ainda não deu conta da desgraça mental em que vegeta.
Pois bem, deixe-me a mim neste solilóquio digital e não se preocupe com o facto de ser o único a gozar com a festa que eu próprio para mim faço. A ser assim, não há o risco de alguém ler e ofender-se com o que diga eventualmente já de seguida. Da sua parte, já vi, lerá apressado e sem perceber o que acontecer que diga e responderá com uma tirada do enorme arsenal que exibe de lugares comuns, frases feitas ou sentenças populares!
Ou então alguém lho sugerirá, porque um «anónimo» nada a si se nega (excepto a si mesmo) para tornar manifesto o vazio que o habita e a desgraça de não dar conta que a si mesmo se convidou e se fez presente numa festa a que jura não querer ir nem estar!
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