No JN de hoje, 27 de Julho
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PRESIDÊNCIA COMISSÃO EUROPEIA Financial Times critica Durão
O "Financial Times" classifica a presidência de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia de um verdadeiro "show político de horrores". De acordo com o jornal britânico o ex-primeiro-ministro português já recebeu diversos avisos para mudar a sua actuação e começar a mostrar "liderança".
Um dos alertas terá sido proferido pelo chanceler alemão. O jornal revela que no final de Junho, num encontro privado num "spa" em Aachen, na Alemanha, Gerhard Schroeder, terá mandado Durão "tomar as rédeas" da Europa e começar a "fazer frente" à política europeia do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, agora na presidência rotativa da União Europeia. Outro dos avisos terá sido expresso pelo comissário britânico Peter Mandelson. Da mesma ala liberal de Durão, defendeu na semana passada, em Bruxelas, que a partir do Outono a "Comissão tem de ser audaciosa". "O que precisamos é de concentração e de impacto", afirmou.
Num artigo publicado ontem, o jornal fez um balanço extremamente negativo da presidência de Durão desde que tomou posse há um ano. A primeira "gaffe" foi a escolha do conservador italiano Rocco Butigglione para comissário que acabou por ser rejeitada pelo Parlamento Europeu. Outro "episódio constrangedor" para a Comissão foram as polémicas férias de Durão a bordo do iate do amigo milionário grego, Spiros Latsis - um magnata que beneficiou de apoios financeiros da União Europeia.
O jornal refere, ainda, que o presidente francês Jacques Chirac considera Durão um "ultra-liberal" e tê-lo-á impedido de participar na campanha pelo "Sim" do referendo europeu. Depois da rejeição dos franceses e holandeses ao Tratado Constitucional europeu, o ex-primeiro-ministro terá nos bastidores da União negociar com os líderes europeus o orçamento comunitário. Durão opôs-se à redução das contribuições o que terá enfurecido Gerhard Schroeder, maior contribuinte líquido da UE. Outro duro golpe na sua presidência foi a rejeição, mais uma vez pela França e Alemanha, da directiva de abertura do mercado de serviços europeu. Durão Barroso, sublinha o jornal, "é a primeira pessoa a assegurar o cargo sem o total apoio" desses dois países.
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Não me enchi de orgulho com a selecção do Ex-primeiro ministro para a Presidência da CE. Foi claramente fruto da junção de duas circunstâncias anómalas: Por um lado a junção da fome -- a incapacidadede ver aceite por quem fora convidado para o desempneho do cargo aqueles que primeiramente foram considerados mais aptos para o cargo -- com a vontade de comer -- a pressa em abandonar Portugal depois de se ver incapza de o retirar no atoleiro em que o metera.
Agora é isto.
Não digo mais nada.
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PRESIDÊNCIA COMISSÃO EUROPEIA Financial Times critica Durão
O "Financial Times" classifica a presidência de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia de um verdadeiro "show político de horrores". De acordo com o jornal britânico o ex-primeiro-ministro português já recebeu diversos avisos para mudar a sua actuação e começar a mostrar "liderança".
Um dos alertas terá sido proferido pelo chanceler alemão. O jornal revela que no final de Junho, num encontro privado num "spa" em Aachen, na Alemanha, Gerhard Schroeder, terá mandado Durão "tomar as rédeas" da Europa e começar a "fazer frente" à política europeia do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, agora na presidência rotativa da União Europeia. Outro dos avisos terá sido expresso pelo comissário britânico Peter Mandelson. Da mesma ala liberal de Durão, defendeu na semana passada, em Bruxelas, que a partir do Outono a "Comissão tem de ser audaciosa". "O que precisamos é de concentração e de impacto", afirmou.
Num artigo publicado ontem, o jornal fez um balanço extremamente negativo da presidência de Durão desde que tomou posse há um ano. A primeira "gaffe" foi a escolha do conservador italiano Rocco Butigglione para comissário que acabou por ser rejeitada pelo Parlamento Europeu. Outro "episódio constrangedor" para a Comissão foram as polémicas férias de Durão a bordo do iate do amigo milionário grego, Spiros Latsis - um magnata que beneficiou de apoios financeiros da União Europeia.
O jornal refere, ainda, que o presidente francês Jacques Chirac considera Durão um "ultra-liberal" e tê-lo-á impedido de participar na campanha pelo "Sim" do referendo europeu. Depois da rejeição dos franceses e holandeses ao Tratado Constitucional europeu, o ex-primeiro-ministro terá nos bastidores da União negociar com os líderes europeus o orçamento comunitário. Durão opôs-se à redução das contribuições o que terá enfurecido Gerhard Schroeder, maior contribuinte líquido da UE. Outro duro golpe na sua presidência foi a rejeição, mais uma vez pela França e Alemanha, da directiva de abertura do mercado de serviços europeu. Durão Barroso, sublinha o jornal, "é a primeira pessoa a assegurar o cargo sem o total apoio" desses dois países.
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Não me enchi de orgulho com a selecção do Ex-primeiro ministro para a Presidência da CE. Foi claramente fruto da junção de duas circunstâncias anómalas: Por um lado a junção da fome -- a incapacidadede ver aceite por quem fora convidado para o desempneho do cargo aqueles que primeiramente foram considerados mais aptos para o cargo -- com a vontade de comer -- a pressa em abandonar Portugal depois de se ver incapza de o retirar no atoleiro em que o metera.
Agora é isto.
Não digo mais nada.
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