Acho graça, oh se acho, à duplicidade mental que assola com demasiada frequência quem, por força da referência que é, se esquece, se esquecem, são mais que um, muitos até, de manter uma postura que não ofenda a mais elementar moralidade.
Quando Sampaio, o presidente, vetou as aspirações dos portugueses a que a coisa se resolvesse segundo o elementar princípio da vontade popular, vieram uns, uma minoria ao que se dizia, argumentar com a teses da estabilidade garantida pela estabilidade parlamentar. Vi, claramente visto, que foram os partidos com assento parlamentar, debaixo dessse insofismável argumento, e juraram a mais não poder que sim senhor garantiam a S. Ex cia o Presidnete que governaraiam o pais no escrupuloso respeito da Vontade e Superintendência do senhor Presidente. Vai daí, forma-se um governo, sob o comando daquele que os partidos, com maioria estável no parlamento, indicaram.
Não tardou a instalar-se a pouca vergonha na governação e, lento como sempre, o presidente não está para mais e, certeiro, dissolve o parlamento.
Que não, que não foram eles que se portaram mal, que eles, ou deles, não se conhece um caso em que tenham sequer pisado o risco quanto mais praticar tal desbunda.
Sinceramente, quem é que nos impingiu o governo? Foi o governo que se impingiu a ele próprio aos portugueses? nada disso, a assembleia portou-se mal e legitimou um governo que os portugueses não mereciam nem queriam. Por isso, e contas bem feitas, o sr. Sampaio, fez muito bem em dissolver a Assembleia que eles, os do governo, pelos vistos não têm culpa nenhuma nem imaginam o que lhes aconteceu nos últimos quatro meses. Coitados, estavam eles tão sossegadinhos, nem sequer estavam a governar quanto mais a governar mal e vai daí...
Sem comentários:
Enviar um comentário