Nas crises reformadoras das estruturas nacionais, o Poder decide-se pelo provinciano ou pelo citadino. Este tem a ambição dos planos organizados, do primado da inteligência e considera a aristocracia da Cultura como o índice superior do exercício das instituições e como matéria de fundo na concorrência internacional. O reformador de espírito citadino é inovador, curioso de experiências, propenso aos contactos sociais. Toma o equilíbrio político como uma resultante de forças em competição e aceita, por definição de nível de progresso, aquilo que a O.N.V. classifica de «países subdesenvolvidos», em lugar do princípio fatalista dos «países naturalmente pobres» que provém duma visão estática do equilíbrio internacional.
José Cardoso Pires, Cartilha da Marialva. P. D. Quixote
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