05 junho, 2006


Bustelo, Vila da Ponte.

O lento folhear de alguns documentos revelam a persistência destas imagens que radicam na origem dos tempos. Sim, quase podemos dizer isso com plena justiça. Fundadas no declínio do Império Romano, muitas das estruturas mentais e económicas da nossa região ainda revelam esses resquícios das estruturas organizados na fuga ao povos bárbaro e na inauguração da ruralidade ante a destruição da estrutura comercial e monetária da economia romana.
Se as imagens pecam pelo exagero com que se pretenda a generalização do seu conteúdo, a prática e o discurso continuam 'apegados' a essa origem, resistindo às mais pardas evidências de outra realidade que passa ao lado de mentes 'apagadas' a uma economia meramente rural sem o arrojo da sua integração numa realidade económica de outra amplitude e exigências. Falha, certamente, de muitos políticos que sobrevivem à custa dessa colagem na perpetuação de exigências imorais de vassalagem, mas também de todos nós que calamos ante as exigências de outra parte com medo das rupturas inevitáveis e do desconforto de habitação a outros valores outros critérios.
No inquérito que teima em resistir aí ao lado, já agora dê a sua opinião, intrigava-me o facto de ninguém apostar no comércio como eixo fundamental para o desenvolvimento do Barroso? Querem outra explicação?!
Voltaremos ao assunto.

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