25 maio, 2006


Limpava as imagens do telemóvel quando deparei com esta imagem que havia esquecido. Recordei depois os motivos pelos quais havia registado essa imagem. Ela remete-nos para um lugar fantástico na Vila da Ponte, lugares como este que todos gostariam de ter na sua terra para poderem dele usufruir e retemperar forças. Lembro os esforços feitos para o reabilitar, colocar à disposição de quem queira, dar-lhe a dignidade para fazer dignos aqueles que a esse lugar se acolham ou recolham.
Depois mais nada, está na mesma situação e abandono em que estava quando outros dele o retirarm para, depois, o dar em 'herança' a quem não quer ou não sabe cuidar dele. Bem sabemos que os sonhos e ambições de uns não passam para outros (e por vezes de quem não se espera) de propostas de 'iluminados'. Mas a verdade é que tais abordagens bacocas se esgotam na tacanhez do dizente que sobrevive na superfície e consideração daqueles a quem condena à resignação da miséria e da falta de ambição.
É triste a sina de se sentir «estrangeirado» na sua própria terra, não pelo mal ou incómodo que tais considerações provoquem no visado, mas pela satisfação parola que transparece em quem se satisfaz com pouco e a mais nada aspira.

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