19 agosto, 2005

Incêndios e mais incêndios!


Não podemos dizer que o município de Montalegre tenha sido até ao momento muito atacado pelas chamas neste Verão que teima em perpetuar-se. Talvez seja verdade a afirmação que ardera o que havia para arder antes do Verão. Há, de facto, alguma verdade em tudo isso. Verdade e pena acima de tudo. As grandes manchas florestais de há muitos anos e que vi ainda quase que a despontar do chão rasteiro e ávaro há muito que arderam (com honrosas excpeções). Restam manchas de arvoredos autóctones e simulacros de florestação de que não sei de que espécies são. É o território a perder a sua originalidade e riqueza a troco não sei de quê! Falta uma política florestal, sem dúvida, mas falta fundamentalmente uma política de responsabilização dos intervenientes: técnicos florestais, proprietários e o Estado.
Continuar sem um quadro de referência, público e assumido, que permita e garanta um aproveitamento racional e coerente dos solos com aptidões florestais nada augura de bom. Pior ainda quande se vê que os recursos se dispersam sem o encosto a uma política que para lá da simples valorização dos terrenos garanta a sua preservação contra os flagelos do fogo. E aí o Estado falha quando não cria as regras, o que permite que neste vazio ninguém se sinta responsável perante nínguém ou perante a comunidade.
E em Montalegre, felizmente, ainda se encontram bons pedaços de floresta com espécies autóctones.
Que se cuide!

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